A minha imagem refletida no espelho foi proposital. |
Havia uma longa calçada entre o portão de entrada e a varanda comprida e envidraçada que tínhamos que percorrer para entrar na sala da casa de meu avô.
Já dentro da varanda, através da porta, dava para avistá-lo, sempre sentado numa poltrona, ao lado do rádio, onde ele ouvia o jornal ou o futebol.
Esta é uma imagem muito viva que tenho dele, o vô Cazuza, o meu avô paterno.
Assim como me lembro bem, de vê-lo, já com o andar lento e arrastando os pés, chegar da madereira, ao lado da sua casa, da qual era dono, e a sua primeira atitude era a de tirar seu chapéu e pendurá-lo num cabide/chapeleira que havia na parede desta varanda.
No centro deste cabide, tinha a gravura de um cachorro pastor alemão.
O cabide que agora é meu, foi presente da minha madrinha Zaly, irmã de meu pai. Dei uma repaginada substituindo a antiga figura por um espelho mais moderno e há anos ele decora a entrada da minha casa.
Nunca esqueci e também nunca senti falta da tal foto do cachorro mas, especialmente hoje, gostaria que ela ainda estivesse ali.
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2 comentários:
putz, demais! adorei a história
Comentário da minha "fada inspiradora"....por demais importante. Obrigada Helô.
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