terça-feira, 9 de abril de 2013

Fora Dos Palcos, Somos Todos Iguais



Admirei-me muito com a sinceridade de uma amiga, que me confessou com brilho nos olhos, a admiração que sente quando vê seu marido em pleno desempenho de sua atividade profissional.

"É o que alimenta a minha relação - disse-me. E acrescentou: de forma mágica, é como se ele estivesse num palco a cantar. Desempenha com encantamento, transmite confiança, segurança, nada parece lhe atingir".

Essa magia dá a ela força, ânimo, para viver sua vida no dia a dia, quando aparecem mostras de insegurança, dificuldades familiares, questões individuais, dores, momentos de desânimo.

Fazendo um comparativo, conversamos sobre qual mulher não desejaria ser a mulher para a qual Roberto Carlos canta? Qual mulher não se apaixona por ele quando o ouve declamar amor e paixão? Quem não gostaria de estar no lugar daquela mulher para quem ele diz "Este Cara Sou Eu". No entanto, não são poucas as histórias que ouvimos do quanto Roberto Carlos é cheio de manias na sua vida. É assim que acontece quando ele desce do palco.

A mensagem que esta conversa trouxe-me, é a de que FORA DO PALCO, SOMOS TODOS IGUAIS.

Comecei a pensar e comparei a nossa vida com um palco. Esta é a nossa imagem social, a imagem como somos vistos.

Longe do palco, quando estamos em casa, na mais pura intimidade e relaxamento, sem precisar representar para nada nem ninguém, deixamos transparecer nossas inseguranças, manias e fraquezas.

Quantas reclamações ouvimos de ambos os sexos, que após o casamento, um ou outro relaxou fisicamente, as flores nas datas importantes já não vêm mais, o carinho do reencontro do dia a dia está raro. O selinho tomou o lugar do beijo. Falta habilidade e ânimo para reacender diariamente o foto da paixão.

Em se tratando de vida a dois, este pode ser o retrato de uma vida fora dos palcos.

Quando amamos, não percebemos a pessoa de forma real como ela é. Enxergamos a imagem criada pela paixão e como gostaríamos que ela fosse.

Esta é a imagem que enxergamos da vida em cima de um palco.

Olhe para o palco, enxergue seu amor lá e abasteça-se como se combustível fosse, de admiração por ele (a).

Renove seu amor diariamente no show, admire-o(a) e alimente-se desta paixão para enfrentar as chatices, os medos, os impulsos, os vícios e as fraquezas que todos temos fora do palco.

Lição recebida, imagine novas cortinas, nova iluminação, novo cenário do seu palco e continue a brilhar.

Coloque ilusão, faça de conta, e ame verdadeiramente.


EM TEMPO: Em conversa informal, rimos muito com uma história de que "Fulano" não poderia ir conosco à um determinado lugar, porque "enjoa" quando entra no carro.

Detalhe: "Fulano" é um homem de 1,90 cm, calça 46, tem entre 30 ou 35 anos, casado, pai de duas filhas, nos acompanha em andanças pelo mato, abrindo caminho com facão na mão, mata e "carneia" ovelha ou porco, nada parece detê-lo, mas para entrar num carro tem que tomar Plasil.
Esta é a mensagem do texto.


Um comentário:

virgilio disse...

Lindo Raquel, como sempre.
A verdade é que no grande palco do Teatro da Vida, dirigido por Deus, todos nós, individualmente, somos seus principais atores. Infelizmente ainda não compreendemos isso.