As vésperas de mais um festival de Dança de Joinville, façamos reverência ao verdadeiro e maior palco da história desta cidade.
O palco e os salões da Sociedade Harmonia Lyra.
Um dos símbolos da cidade, o prédio atual da Lyra tem esculpido, em suas paredes, máscaras com coroas de louros feitas por Fritz Alt. Artista plástico nascido na Alemanha e radicado em Joinville, a partir de 1922.
Entre pelas portas da frente.
O verdadeiro palco da cidade, que muito viu e tudo sabe da vida dos que por seus salões passaram.
Testemunha ocular de namoros que lá iniciaram, de trocas de olhares as escondidas, de brigas e até de traíções. Um palco informal de elegância e beleza de casais, de tropeções que quase ninguém viu, de gargalhadas entusiasmadas e de choros compulsivos. De conversas animadas a discussões acirradas, de pactos feitos outros desfeitos.
“A” Sociedade, “A” Harmonia, “A” Lyra”, seria uma mulher?
Quem que tenha subido estas escadas, não tem uma história para contar passada na Lyra?
A primeira audição de piano, a peça de teatro que assistiu, o show de algum cantor ou banda, as idas na “boatinha” de domingo à tarde de Big Show, o baile de debutante, o casamento, o baile de carnaval, uma festa de aniversário, uma entrega de prêmios.
A Sociedade Harmonia Lyra tem a música e dança na sua história.
Durante anos o Maestro Tibor Reiner regeu a Orquestra Filarmonyca Harmonya Lyra.
Liselott Trinks, a primeira professora de balé da Lyra, trouxe da Europa na década de 30, um pequeno piano de cauda alemão da marca Shiedmayer & Soehne. Fabricado por volta de 1900, que foi recentemente restaurando, para ser usado pelo pianista Felipe Krelling, na Orquestra Cidade Joinville.
Sempre foi o local escolhido pela conceituada professora Vany Knoll, para as audições de piano dos alunos do seu Conservatório.
A cultura de Joinville, muito deve a Sociedade Harmonia Lyra.
