domingo, 28 de junho de 2015

Os Encantamentos do Velho Pequeno Príncipe



              Para este post escrito especialmente para a Página Poética Mhario Lincoln li mais uma vez o Livro "O Pequeno Príncipe" do escritor francês Antoine de Saint-Exupéry.
         Publicado em 1943 é preconceituosamente chamado de o livro das misses e numa segunda classificação, um pouco mais amena, um livro infantil. Narra a história do Pequeno Príncipe, herói de uma fábula que sonhava voar. 
         O conteúdo é cheio de simbolismo, que criança alguma ou adolescente é capaz de alcançar, penso eu. 

        Um livro que muitos dos que se dizem "fortes" se negam a ler. Computam como ridículo. Hoje não tenho a menor dúvida de que o motivo da negação é por tantas verdades que ele traduz. 

"Quando encontrava uma" (pessoa grande) "que me parecia pouco esclarecida, fazia a experiência do meu desenho número 1, que sempre conservei comigo. Eu queria saber se ela era na verdade uma pessoa inteligente. Mas a resposta era sempre a mesma: "É um chapéu". Então eu não falava de jibóias, nem de florestas virgens, nem de estrelas. Colocava-me no seu nível. Falava de bridge, de golfe, de política, de gravatas. E a pessoa grande ficava encantada de conhecer um homem tão razoável".

                Está é a moral de quem não sabe viver uma vida de pé no chão, mas com encantamento. Se dizer leitor de Aristóteles, Nietzsche, Kant é que é ser culto e inteligente.

                  Certa vez, ouvi um comentário de que se você lê o Pequeno Príncipe em diferentes fases da sua vida, a cada leitura você fará uma interpretação diferente. Em especial hoje tive a real noção sobre o entendimento deste conceito. Tantas vezes que já li, senão por completo, mas trechos ou frases soltas, desta vez, nada me chamou mais atenção, do que as referências que o livro faz a um avião. 

"_Que coisa é aquela?
_Não é uma coisa. Aquilo voa. É um avião. O meu avião.
...
_Como? Tu caíste do céu?
_Sim_respondi humildemente.
...
_Então tu...vens do céu?..."

Literalmente hoje, meus pensamento andam num avião pelo céu Azul.
Dentre todas a frases citadas como relevantes do livro eu destaco "Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz."

         Sem dizer que muitas vezes eu já começo a ficar feliz muitos dias antes.Ahh!!!! esse pequeno príncipe de 72 anos faz meu coração remoçar a cada dia. 

Tenho os pés muito no chão, mas não abro mão de viver sem encantamento.

Descrição detalhada das fotos para acesso do deficiente visual 
(para saber mais clique aqui) - 1 Montagem de três fotos com as imagens do livro. A cobra enrolada na raposa, o desenho da cobra parecendo o "chapéu" e a cobra com um elefante dentro de si. 2 -a Ilustração da página do diálogo sobre o avião.

3 comentários:

silvia helenice disse...

Gostei, em especial da figura de linguagem empregada...parabéns...

Helio disse...

Raquel você sabe que já te acompanho há algum tempo e de uns tempos para cá seus posts estão cada vez melhores. Não que os outros não fossem bons, mas percebo um amadurecimento na sua linguagem .

virgilio disse...

A cor azul, sem desmerecimento das demais nos traz paz, tranquilidade, inspiração,vontade de viver e também - aí dividindo espaço com o verde, esperança.
Os pouco otimistas dizem que a esperança é a última que morre. Engano. Ledo e Ivo engano.
A ESPERANÇA JAMAIS MORRE.
Parabéns mais uma vez.