quinta-feira, 20 de abril de 2017

Não apresse o rio, ele corre sozinho


Não apresse o rio, ele corre sozinho é o título de um livro de 1969. Nele, Barry Stevens desenvolve um trabalho autobiográfico baseado na aplicação da Gestalt-terapia. 

Seu maior sucesso, entre os leigos, fica por conta da metáfora do título. Num primeiro momento é comum pensar _ quantas soluções podemos encontrar em tão poucas  e belas palavras?

Em entrevista dada ao final do livro, a autora explica que o título "significa deixar-se ir junto com a vida, sem tentar fazê-la ir para algum lugar, sem tentar fazer com que algo aconteça, mas simplesmente ir, como o rio; e, sabe, o rio, quando chega nas pedras, simplesmente se desvia, dá a volta, quando chega a um lugar plano, ele se espalha e fica tranquilo..."

Uma explicação que quer dizer "dar tempo ao tempo" sem a intervenção do eu para mudar o ritmo da vida. Ter essa compreensão, é sabedoria, e em muitas situações é a única possível. Uma opção, que por vezes, já tivemos que fazer mesmo não querendo.

Ter essa clareza emocional é como atingir um estado evolutivo ideal para lidar com as adversidades da vida. Estado evolutivo que eu ainda estou longe de alcançar e me sinto impotente diante deste comportamento. 

Me vejo muito mais em situações de busca, com desejos de poder fazer as águas correrem na minha velocidade. Me atiro, por conta e risco, buscando o curso navegável do rio da minha vida.

Quero mais é ter hoje o que é o meu maior desejo. Me entrego na incerteza sem saber aonde vou parar. Enfrento com medo as correntes opostas e geladas, nadando contra as águas agitadas com um único fim: _ Chegar mais rápido.

Onde encontrar o equilíbrio necessário para entrar na água e boiar a espera da corrente certa?
Procuro significados, mas principalmente respostas. 
Em espera pela mansidão da vida. 




As fotos postadas recebem descrição detalhada para acesso ao deficiente visual. Fotos feitas no rio de pedras na propriedade Recanto Diamante em Joinville SC.

4 comentários:

virgilio disse...

Raquel, terminei de ler seus três últimos blogs. Três assuntos completamente distintos com uma qualidade que a cada dia melhora mais, sem falar nas fotos belíssimas, dignas de uma profissional competente. Aliás sempre lhe achei uma excelente fotógrafa, bem melhor do quw alguém que se "acha".

Raquel Ramos disse...

Oi meu amigo. Seus elogios me servem de incentivo. Obrigada. Grande abraço.

Anônimo disse...

Belas fotos são assim... tudo se encaixa... tudo no seu lugar... parecem indissociáveis... quando a beleza mimetiza-se!

Raquel Ramos disse...

Oi Nereu! Obrigada pela visita. Seus comentários me deixam envaidecida.