Sou leiga sob o ponto de vista de formação acadêmica em construção de elevados, abertura de vias ou engenharia de trânsito. Sou formada e com especialização no trânsito de Joinville, pela convivência no dia a dia com pessoas que se movem na cidade de carro, de ônibus ou de bicicleta. Este é o meu curriculum e me sinto apta para opinar sobre o assunto que foi a tônica dos jornais, TVs, e Blogs desta semana.
O incentivo ao uso do transporte público ou a bicicleta é memorável, por toda contribuição com o meio ambiente e a saúde. Porém o uso do carro é uma necessidade que todos temos e desejamos, só perdendo para os anseios da casa própria.
Não podemos deixar de pensar o que é, na prática, o uso da bicicleta em dias de calor dos verões joinvillense, ou, em dias de chuvas torrenciais, seja no verão ou no inverno, situação completamente diferente de você pegar sua bike e ir pedalar na Estrada da Ilha, nos finais de semana como passeio ou atividade física, o que já fiz muito, aliás, aproveito para dizer que é tão perigoso quanto andar no centro da cidade.
A opção do ônibus resolveria o problema da chuva ou amenizaria o calor, e é a melhor forma de transporte coletivo dentro da nossa realidade, porém existe uma situação que poucos analisam. Diariamente convivo com mulheres, que saem de seu emprego, pegam um ônibus, descem próximo de uma creche, buscam seus dois ou três filhos, e novamente entram em outro ônibus para, então chegar em sua casa, 1 a 2 horas após ter deixado o local de trabalho. Elas enfrentam ainda afazeres domésticos, como cozinhar, lavar e passar . Um carro para essa mãe é uma questão de qualidade de vida, quase de sobrevivência.
Pedalar 3 a 5 km até o trabalho é viável e saudável, pedalar 10 ou 15 km, já exige uma infra-estrutura para banho e troca de roupa, antes de pegar no batente. A opção de pedalar, é totalmente inviável para aquela mãe já exemplificada.
Devemos incentivar muito o uso de bike, mas já não é mais possível termos o pensamento romântico de querer usa-la como meio de transporte essencial. Quando vemos na Europa o uso contínuo da bicicleta, voltamos com a mente aberta para implantar esse sistema em nossa cidade. Esquecemos que lá, as pessoas se locomovem de bicicleta por entre o trânsito de carros e ônibus sem a necessidade de ciclovias, o próprio motorista se encarrega de protegê-las, simplesmente respeitando-as, seja na cidade ou nas estradas.
Devemos exigir ciclovias para podermos usa-las como laser e vamos incentivar sim, a construção de elevados ou o que quer que seja, para melhoria do nosso sistema viário, porque o uso de carro é uma realidade, é um conforto e é uma necessidade que todos temos.
O preço caríssimo desses projetos se diluem nos benefícios. Vamos nos concentrar e vigiar os orçamentos e licitações destas obras e não embargá-las fazendo investimentos ilusórios, como solução dos problemas de trânsito.
O tão desejado binário do Vila Nova, resolverá o problema do tráfego, tanto quanto resolveu o do Iririu, do Boa Vista, ou Dona Francisca? O trânsito fluirá como no cruzamento da rua Dona Francisca com Hermann Lepper e Beira Rio? Binário para grande tráfego, definitivamente não é a solução. Assim como o da rua Timbó não o será.
O incentivo ao uso do transporte público ou a bicicleta é memorável, por toda contribuição com o meio ambiente e a saúde. Porém o uso do carro é uma necessidade que todos temos e desejamos, só perdendo para os anseios da casa própria.
Não podemos deixar de pensar o que é, na prática, o uso da bicicleta em dias de calor dos verões joinvillense, ou, em dias de chuvas torrenciais, seja no verão ou no inverno, situação completamente diferente de você pegar sua bike e ir pedalar na Estrada da Ilha, nos finais de semana como passeio ou atividade física, o que já fiz muito, aliás, aproveito para dizer que é tão perigoso quanto andar no centro da cidade.
A opção do ônibus resolveria o problema da chuva ou amenizaria o calor, e é a melhor forma de transporte coletivo dentro da nossa realidade, porém existe uma situação que poucos analisam. Diariamente convivo com mulheres, que saem de seu emprego, pegam um ônibus, descem próximo de uma creche, buscam seus dois ou três filhos, e novamente entram em outro ônibus para, então chegar em sua casa, 1 a 2 horas após ter deixado o local de trabalho. Elas enfrentam ainda afazeres domésticos, como cozinhar, lavar e passar . Um carro para essa mãe é uma questão de qualidade de vida, quase de sobrevivência.
Pedalar 3 a 5 km até o trabalho é viável e saudável, pedalar 10 ou 15 km, já exige uma infra-estrutura para banho e troca de roupa, antes de pegar no batente. A opção de pedalar, é totalmente inviável para aquela mãe já exemplificada.
Devemos incentivar muito o uso de bike, mas já não é mais possível termos o pensamento romântico de querer usa-la como meio de transporte essencial. Quando vemos na Europa o uso contínuo da bicicleta, voltamos com a mente aberta para implantar esse sistema em nossa cidade. Esquecemos que lá, as pessoas se locomovem de bicicleta por entre o trânsito de carros e ônibus sem a necessidade de ciclovias, o próprio motorista se encarrega de protegê-las, simplesmente respeitando-as, seja na cidade ou nas estradas.
Devemos exigir ciclovias para podermos usa-las como laser e vamos incentivar sim, a construção de elevados ou o que quer que seja, para melhoria do nosso sistema viário, porque o uso de carro é uma realidade, é um conforto e é uma necessidade que todos temos.
O preço caríssimo desses projetos se diluem nos benefícios. Vamos nos concentrar e vigiar os orçamentos e licitações destas obras e não embargá-las fazendo investimentos ilusórios, como solução dos problemas de trânsito.
O tão desejado binário do Vila Nova, resolverá o problema do tráfego, tanto quanto resolveu o do Iririu, do Boa Vista, ou Dona Francisca? O trânsito fluirá como no cruzamento da rua Dona Francisca com Hermann Lepper e Beira Rio? Binário para grande tráfego, definitivamente não é a solução. Assim como o da rua Timbó não o será.