segunda-feira, 30 de abril de 2018

103 ª Flag para o SuperLinda - Eslovênia



Registro da 103ª Flag do site Flag Counter

O pequeno país do Leste Europeu, faz fronteira com a Áustria, Hungria, Itália, dá ao SuperLinda a 103ª Flag de país visitante do blog.
Até 1991 fazia parte da Iugoslávia, ainda preserva a sua cultura e surge como um dos melhores destinos de turismo da Europa.
A capital Ljubljana, tem no nome o sugestivo significo de "amado" ou "bem amado". Se só isto não for um bom motivo para visitá-la,  considere o fato de estar entre uma das mais seguras cidades do mundo ou na beleza da sua paisagem.

Vista panorâmica da capital Ljubljana do pôr do sol

Ilha e castelo no lago Bled

Mapa geográfico da Eslovênia
 

quarta-feira, 25 de abril de 2018

Sê Chique - Pinhão na Fruteira de Opaline


Pinhão colocado numa fruteira de opaline

A qualquer dia....
A qualquer hora...
Em qualquer lugar...
Sê Chique...

Acostumado a ficar acondicionado em sacos dentro do armário ou em sacolas de trama feita em material plástico à beira de estrada, o pinhão ganhou lugar de destaque sobre a mesa em uma fruteira de opaline. 

De sabor único, ideal para ser consumido no inverno acompanhado por quentão ou vinho, tornou-se ingrediente de gastronomia, hoje, faz-se chique em ambiente rústico.

Valorizado pela simples apresentação, este fruto, que na realidade é uma semente, ganhou status, adquiriu ares requintados e recebeu muitos likes no post do Facebook. Agora, sim, resta saber sobre essa peça que tanto destaque deu a este alimento do campo das araucárias.

A fruteira é uma peça recebida por Lilian von Linsingem, há 40 anos, como presente de casamento. Opaline é o nome do vidro opaco, ligeiramente translúcido, de colorido rosado lapidado em "babado", sobre o pé de bronze. 

A origem do vidro opaline remonta à França dos anos de 1800, sendo o alto teor de chumbo que possui, o que o define como semi-cristal.  Ele é totalmente feito à mão, sem costuras ou gravações de máquinas. Serve para produção de várias peças, como vasos, frascos de perfumes, copos, decantadores e em vários tons de verde, azul, lavanda, amarelo.

O que foi uma simples foto de pinhão tornou-se post do SuperLinda.
A qualquer dia...
A qualquer hora...
Em qualquer lugar...
Sê Chique...é uma questão de estilo.

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sábado, 21 de abril de 2018

30 Anos de Evidências


Os 30 anos da música Evidências, sucesso imortalizado na voz da dupla sertaneja Chitãozinho & Xororó, foi o assunto de ontem no programa Conversas com Bial.
Vista como uma modernização da música sertaneja, ela traz na sua história, a curiosidade de não ter nascido dentro deste conceito. A composição de José Augusto e Paulo Sérgio Valle, em 1990, foi enviada à dupla de cantores, entre outras doze oferecidas para que gravassem. 
Junto à fita cassete com as músicas, havia uma observação de que "Evidências" já havia sido gravada. A refinada percepção musical dos sertanejos rastreou, tal qual satélite,  desconsiderou a nota e gravou a música que é uma declaração de amor, considerada um símbolo da música nacional.
Estourou, arrebentou e até hoje, todos cantamos.

"Quando eu digo que deixei de te amar
É porque eu te amo
Quando eu digo que não quero mais você
É porque eu te quero
Eu tenho medo de te dar meu coração
E confessar que eu estou em suas mãos
Mas não posso imaginar
O que vai ser de mim
Se eu te perder um dia"
 





"E nessa loucura de dizer que não te quero
Vou negando as aparências
Disfarçando as evidências
Mas pra que viver fingindo
Se eu não posso enganar meu coração
Eu sei que te amo"


 


segunda-feira, 9 de abril de 2018

Como a Imprensa divulgou a prisão de Lula

 Sem maiores rodeios, as manchetes secas e limpas, dizem: 
"Lula Preso".
Sugiro o acesso ao link de Aos Fatos um levantamento de checagem entre o que se diz e a verdade dos fatos, sobre os desdobramentos da prisão do ex-presidente.
Com a mesma narrativa de esclarecimentos, outra abordagem, do mesmo site,  desde Abril de 2015.
Folha de S.Paulo - Lula Preso - foto de Lula em frente ao Sindicato em Guarulhos e chegando na PF em Curitiba

Estado de S.Paulo - Lula chegando na Polícia Federal em Curitiba

Correio Braziliense - Lula chegando na PF em Curitiba
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terça-feira, 3 de abril de 2018

Construção Moderna Abraça a Antiga casa dos Koehntopp


Digitalização da página impressa


Texto original escrito para publicação no Jornal Primeira.Pauta  Edição nr 137 da Faculdade de Jornalismo Bom Jesus/Ielusc. Matéria Jornal Impresso. Professor Sandro Galarça.
Editora: Fernanda de Lourdes Pereira
Repórter: Raquel Ramos
Diagramação; Leticia Rieper
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CONSTRUÇÃO MODERNA ABRAÇA A ANTIGA CASA DOS KOEHNTOPP

Da condição de "casa velha" ela alcançou o status de Patrimônio Histórico e hoje brilha em lugar de destaque no bairro Atiradores.

Como parte integrante de um moderno edifício residencial, a antiga residência da família Koehntopp, sem desocupar o seu lugar, agora servirá de fachada para um moderno prédio, recuperando, assim, posição de prestígio, alegria e vida. Revitalizada, ficará para sempre na memória dos joinvilenses.
Patrimônio Histórico é um imóvel, bem material ou natural com significado e importância histórica. Esses patrimônios representam uma fonte de pesquisa e preservação cultural. Com o tombamento, o imóvel não pode ser demolido nem reformado. Apenas ser restaurado.
Este é o processo pelo qual passa o imóvel localizado na rua Duque de Caxias, número 160, construída em 1924 por Frederico Koehntopp. A residência ficou de herança sua única filha solteira, chamada Erna,  e que cuidou do pai até sua morte.
Dona Erna era uma mulher religiosa e cantava no coral da igreja. Seu aniversário, celebrado em 16 de novembro,  costumava ser festejado em família, servindo uma boa mesa de café e doces na sala central. “Ela dormia naquele quarto no andar de cima”, contou o sobrinho Ivo Koehntopp, apontando para a janela, vista dos fundos da marmoraria onde trabalha. “O acesso era feito pela escada de madeira de canela, preservada no projeto”, completou.
Ivo, 78, morou ali por cerca de 25 anos. Ele vai recordando e contando "que em 1950, tudo aqui onde estamos, era plantação de cana de açúcar e tínhamos cavalos para o transporte que era feito de carroças". Das suas lembranças, considera determinante para o tombamento o hábito que seu avô Frederico tinha de hastear a bandeira brasileira, na sacada da frente, em datas cívicas. Atitude que ele próprio manteve, inserindo a mesma "mania" nos dias de jogo do Brasil em copas do mundo. Além da bandeira verde e amarela, erguia também uma do país adversário.
A primeira reforma física aconteceu quando dona Erna decidiu dividi-la e presentear com a outra metade sua sobrinha Elenor, que se casou com Nelson Reimer. Desse casamento nasceram as filhas Cynthia e Débora, que viveram ali até mais ou menos os sete anos. A divisão da casa, relatada por Cynthia, está descrita no processo de tombamento número FCJ - CPC  2005/008 na página 22, que diz: “Internamente o imóvel apresenta-se dividido em duas residências (setorizadas em esquerda e direita)”.
Meu bisavô construiu no mesmo terreno uma casa para cada filho”, continua Cynthia. Algumas davam de frente para a rua Pastor Fritz Buhler, outras para a Duque de Caxias. Os terrenos eram separados por muros, mas com portões nos fundos, que permitiam o acesso de um para o outro. A família de tradição no comércio de construção, marmoraria e carpintaria mantinha todas as oficinas no mesmo terreno por onde circulavam e conviviam.
A edificação representa uma época de “prosperidade comercial ímpar no desenvolvimento econômico de Joinville”. "A preservação desse patrimônio é imperativa, para que possa servir para pesquisas posteriores", justifica o  historiador Afonso Imhof, na página 81 do processo.
Quanto às características da edificação, os arquitetos da Coordenação de Patrimônio Cultural, por meio do agente administrativo Rafael Soares, informaram ser um estilo “teuto brasileiro”. Este é um termo que remete as características da arquitetura alemã na obra. Na descrição dos elementos, na página 42, do tombo, está a citação das telhas como "tipo germânicas".  
A Construtora Fontana, responsável pela edificação,  já tem outras obras dentro desse viés. O aproveitamento de construções antigas, tombadas ou não, e a recuperação de obras inacabadas, fazem parte de muitos projetos já concretizados.
O engenheiro Rodrigo Ugioni esclareceu que o processo de compra do terreno da rua Duque de Caxias aconteceu dentro dos trâmites normais de qualquer outro empreendimento. A proposta de compra surgiu após a oferta de venda, seguida de uma avaliação por parte da construtora e, quando todos os requisitos foram atendidos, concretizou-se o processo.
O engenheiro explicou ainda que, para aprovação junto à Prefeitura, foi necessário entregar o projeto arquitetônico e o da restauração. Depois de analisar e verificar que estava dentro das exigências regidas pelas lei de preservação do patrimônio, não houve nenhum problema em obter o alvará. "A construção centenária vai agregar valor ao condomínio. A cidade e a população têm essa cultura de preservação de seu patrimônio histórico", disse o engenheiro Ricardo Ortiz.
As vistorias e os laudos produzidos pela Coordenadoria de Patrimônio Cultural dão conta de que a edificação possui poucas características da época da construção, em vista de tantas reformas que sofreu. Hoje ela está lacrada, sem permissão de entrada, até que a empresa contratada inicie os trabalhos. O engenheiro Ricardo confirmou que o projeto prevê um novo layout da parte interna, destinada à área social e lazer. Destacando que ficam preservadas a fachada frontal e uma escada de madeira feita na época da construção original.
Após a conclusão da obra, cabe ao condomínio a responsabilidade integral sobre o imóvel, que é Patrimônio Público.

TOMBAMENTO DE PATRIMÔNIO PÚBLICO É REGIDO POR LEI PRÓPRIA

Os imóveis tombados pelo Patrimônio Público recebem a proteção estabelecida na Lei 1773 do Município, de 1 de dezembro de 1980, e na Lei Complementar 363 de 19 de dezembro de 2011, de proteção e valorização do patrimônio cultural de Joinville.
Na Lei 1773, do artigo 17 ao 19, diz que "comprovada a impossibilidade do proprietário" em fazer uma obra de conservação no prédio tombado, este deverá comunicar imediatamente à Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo. "Comprovada a necessidade dos reparos, está correrá por conta do Município. Em caso da falta de providência por parte das autoridades, poderá o proprietário requerer o cancelamento do tombo ao Sr. Prefeito Municipal".
Rafael Soares, da Coordenação de Patrimônio Cultural, informou não ter conhecimento sobre nenhum caso de cancelamento de tombo. Esclareceu ainda que esses casos são resolvidos durante as etapas de impugnação do processo.
Para um imóvel ser incluído como patrimônio público, é necessário ter características próprias tais como valor arquitetônico que expressem períodos históricos, com relevância testemunhal de uma organização social, manifestação cultural, aspectos técnicos, históricos, artísticos, construtivos ou de desenho.



Detalhe da sacada

Janela do quarto de D.Erna

segunda-feira, 2 de abril de 2018

Marcela, um símbolo, uma tradição.


Everaldo, Letícia e eu em frente a gôndola de marcela nas ruas de Santana.

A cidade de Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul, estava amarelada por uma flor de tom pastel. Na saída do salão do café da manhã, o recepcionista entregava um sachê feito dessa mesma flor, deixando nítidas evidências de haver uma relação entre uma coisa e outra. Tudo se transformou em motivo suficiente para despertar curiosidade, e na busca da informação, restou um novo conhecimento, qual seja, no Rio Grande do Sul, a colheita da marcela na Sexta-feira Santa é uma tradição. 

O retorno às ruas em busca dos vendedores que lotavam as calçadas, no dia anterior, foi inevitável. E lá, na esquina da Rua Uruguai com Rua dos Andradas, estava um deles que sem economizar simpatia foi falando:

_Ela deve ser colhida no nascer do sol, ainda molhada do sereno.  É usada para fazer chá, explicou Everaldo Vaso Santos, sobre a planta símbolo do Estado gaúcho. E, como quem conta um segredo milenar, confessou ter colocado algumas delas, no mate que acabara de tomar. Serve também para dar sorte e num ato contínuo amassou um punhado da flor sugerindo que fosse guardada na carteira de dinheiro. Para quem não duvida de ditos populares, o molhinho foi recebido como uma ordem.

Letícia Sadowik, que ajudava na venda, enquanto Angela Cabrera, a dona da banca  e esposa de Everaldo não chegava, garantiu sobre os poderes da flor, especialmente para fazer chás.

Ela é uma erva da flora brasileira, também conhecida como marcela-do-mato, carrapichinho-de-agulha ou camomila nacional. Floresce em março e tem cor amarela clara. De aroma agradável serve também para estofo de travesseiros, por ter efeito calmante e poderes benéficos. A marcela nasce mansa, a princípio discreta, delicada, encanta, inebria com seu perfume suave. Para algumas pessoas, o cheiro doce, nem sempre agrada. É tão intensa que parece querer se perpetuar, mas, seca e morre.
 
Marcela é também nome de mulher, porém, nada tem a ver com a planta. Neste caso, ele é um substantivo próprio, feminino de Marcelo, que por sua vez é diminutivo de Marcio.

galhos e flores de marcela

Letícia e Everaldo em frente as flores e o mapa da cidade de Santana.
vista da rua dos Andradas, enquanto conversava com os vendedores de flores.
Sachê recebido no café da manhã do Hotel Jandaia.