segunda-feira, 30 de março de 2020

Sê Chique - Chá Fortnum & Mason




Xícara de porcelana branca estampada com rosas cor de rosa, o sachê do chá dentro dela e a caixa gravada o nome da casa de origem e o sabor Gin & Tonic.


"Em 1902, o chá da Fortnum passou a ostentar uma linhagem real graças a uma mistura sob medida criada especialmente para o rei Eduardo VII. Sejam chás de origem única, variedades raras, misturas caseiras ou infusões contemporâneas, nosso chá ainda esta reinando até hoje”. Está é a informação no site com o título Um mundo de chá excepcional.

A princípio a caixa do Gin & Tonic Tea seria apenas um referência ao gosto pessoal que tenho pela bebida Gin Tônica, o que já valeria o registro. Porém, um olhar mais atento aos pequenos detalhes, ao delicado envólucro do chá, ao requinte da apresentação, me levou a pesquisar sobre  o elegante presente que recebi da amiga Cynthia Reimer.

Em rápida consulta na internet o nome Fortnum & Mason, aparece com uma enorme quantidade de informações, entre elas, a de que desde 1707 este é um chá dos reis ingleses. Aos amantes de chá a visita do site é indispensável.

A qualquer dia,
A qualquer hora,
Em qualquer lugar,
Sê Chique. Presentear é uma arte.

Depois de algum tempo sem postagem desse gênero, não poderia deixar de fazer o registro.
Foto aproximada do sachê do chá sobre a xícara com água.
Xícara branca pintada com  rosas cor de rosa e com o chá servido.
Caixa do chá. Cor branca com detalhes de recortes sobre posto branco, verde e amarelo com escrita na letra de cor preta. O nome da Fortnum & Mason escrita em letra dourada.
Print da tela do site com alguns dos produtos oferecidos à venda.

Pesquisa do Google Map com a localização e endereço da loja onde foi comprada a caixa de chá. 181 Piccadilly, Londres.

quarta-feira, 25 de março de 2020

O Superlinda pelo mundo afora - Polo Sul - Antartida


Maria Heloisa e Tainá segurando a camiseta do blog superlinda, ancorados nas Orne Islands e aos fundos o mar e geleiras.

Quem escolhe os destinos de viagem?
Sem hesitação, Tainá responde apontando para a mãe. Melhor do que o "sem hesitação", foi concluir que a jovem de 16 anos, usa e desfruta, sem abusar, as oportunidades de viagens frequentemente lhe oferecidas.

Maria Heloisa Cavalcante se diz uma obstinada pela medicina desde criança. Se formou em 1982 com objetivos definidos em relação a vida profissional e conquistas pessoais. Um perfil racional quebrado com a doçura da chegada da pequena e linda menina de cabelos naturalmente cacheados.

Desde então as duas dividem o tempo entre as atividades obrigatórias do dia a dia de cada uma e o prazer em viajar. A última para a Antártida, foi uma verdadeira aventura, totalmente diferente das outras.

Dos lugares para onde já passeou, Maria Heloisa se confessa uma apaixonada pela Índia e Antártida. À primeira já foi duas vezes e ainda pretende voltar. Não esconde, também, a sua determinação em retornar à Antartida. Destinos de características antagônicas, mas que lhe tocam profundamente.

Na Antártida, comenta, sempre haverá algo de novo a ser visto porque "lá tudo se movimenta constantemente, fazendo de cada amanhecer, um amanhecer de paisagem diferente". E, como exemplo, cita a recente descoberta da Ilha SIF. "há dois meses quando estivemos lá ela não tinha sido descoberta, embora não fizesse parte do roteiro por onde passamos". Com entusiasmo fala do desejo de fazer o roteiro através das ilhas George motivada pelas lembranças da célebre história de sobrevivência da navegação, do Capitão Ernest Shackleton (1874-1922), transformada em filme.

O turismo no Polo Sul, até 30 anos atrás, era feito basicamente por cientistas ou organizações de pesquisa. Hoje é procurado por pessoas pelos mais diferentes interesses. Com elas estavam 41 tripulantes, dos quais 5 eram biólogos especializados nos temas antárticos e que as acompanhavam nas expedições por terra e mar explicando o que viam. "interagíamos o tempo inteiro trocando informações, diz Maria Heloisa.

Além da tripulação, haviam 81 passageiros de 29 nacionalidades. Eram empresários, fotógrafos e turistas comuns. A médica se expressa com prazer sobre a experiência única de conhecer lugares pouco explorados com opções de passeios entre pinguins, focas, baleias. "Um lugar inabitável, de muito gelo, icebergs de formas, tamanhos e cores diferentes. É o continente mais frio e seco do planeta, um ambiente inóspito mas de beleza inexplicável", completa.

E segue detalhando a viagem: "O navio, antes usado apenas em expedições científicas, foi  adaptado para esse tipo de viagem de turismo. Nele havia um amplo salão de mídia, local para as reuniões, filmes, e aulas". Comenta também que o pior momento da viagem foi durante a passagem de Drake considerado o pior mar do planeta. É o ponto de encontro entre os Oceanos Pacífico e Atlântico, quando enfrentaram ondas de até 5 metros. Mesmo com todas as medicações preventivas contra tonturas, náuseas, foi bastante sofrida.

Nas primeiras 12 horas, das trinta e seis horas iniciais da navegação, ela relata que ficaram deitadas sem se alimentar e sem se mexer porque tudo rodava. "As camas tinham proteções laterais para não rolarmos para o chão durante a noite", detalha. Das cabines recebiam, pelo sistema interno de som, instruções para que permanecessem deitadas até se sentirem em condições de levantar e circular com segurança. Quando fosse possível teriam todas as orientações necessárias para a viagem.

Restabelecidas fisicamente tiveram treinamento especial, como: Operações nos Zodiacs (botes a motor utilizados para os desembarques), vestimentas, condutas de salvamento, sobre a vida dos pinguins, das baleias, descidas do navio para passeios no gelado solo antártico. Este último, apenas para incursões rápidas.

Além das orientações de sobrevivência, Maria Heloisa destaca a importância dada, por todos os passageiros, quando do repasse do Código de Conduta na Antártida.  Explicações detalhadas sobre a responsabilidade do visitante, saber ouvir e obedecer os guias. "Se um pinguim estivesse com filhote não podíamos no aproximar. Se um deles passasse no caminho, deveríamos parar e esperar ele atravessar. Era necessário movimentar-se devagar e com cuidado preservando o sossego dos animais ao nosso redor", conta. Instruções rigorosas para que dentro do possível não houvesse interferência ou que não percebessem a presença dos estranhos no  habitat deles.

A Alimentação no barco era variada e as refeições feitas em mesas e cadeiras fixadas no chão. No início havia mais oferta de verduras e legumes frescos. No decorrer, esses passaram ser servidos de forma cozida e mais ao final eram enlatados, a exemplo de milho e outros vegetais. Enquanto as frutas havia em abundância. "Abacaxis, maçãs, bananas, nêsperas, todas de ótima qualidade e sabor. Eles cuidavam muito para que nada nos faltasse e com refeições balanceadas", completa.

Em toda viagem, antes do embarque, são necessários alguns cuidados. Nesta, a atenção de Maria Heloisa foi voltada às vestimentas adequadas para as temperaturas abaixo de zero e medicação. "Em relação as roupas, como já tínhamos feito viagens a lugares de temperaturas muito baixas, soubemos nos preparar e não passamos frio e dentro do navio a temperatura era climatizada", e acrescenta: "Quanto à saúde, mesmo sabendo que no barco teríamos médicos e suporte, levei medicamentos específicos para o nosso organismo, meu e de minha filha".

Sobre pesquisas antecipadas de assuntos das viagens que realiza, a médica diz que naturalmente leu sobre a Antártida e sobre o trajeto que fariam, mas confessa: "Prefiro não me aprofundar muito em estudos sobre os destinos para aonde vamos e sentir aquilo que o inusitado vai trazendo dia a dia".

O que era um simples post de amigos que fazem do SuperLinda também um blog de viagem, transformou-se quase em uma reportagem. Maria Heloisa contou, em detalhes, esta viagem em seu perfil do Facebook. 

Acompanhei, li e a convidei para uma conversa dada a peculiaridade do destino e me confesso encantada por tudo o que ouvi. Diante de tantas particularidades, minúcias descritas por datas, local por local, incluindo horários, repasso abaixo alguns trechos e os links das  postagens onde é possível ver mais fotos e vídeos.

Fotos do arquivo pessoal de Maria Heloisa Cavalcante
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"Às 15 h de 31/01 nos arrumamos a caráter para desembarque na Ilha Paulet, circular, de 1,6 km de diâmetro, com um cone vulcânico de 350 m, sendo formada de lava. Existe aí uma colônia de mais de 200.000 pinguins Adélia, gaivotas, palomas brancas, e petréis, entre outros. Existe também uma sepultura de um membro da expedição do naufrágio do capitão Carl A. Larsen.
Ilha Paulet com milhares de pinguins Adéilia e pessoas da viagem
Tainá com roupas próprias para o frio no retorno ao navio após conhecer a Ilha Paulet. Ao fundo geleiras e pinguins.
Deception Island é um vulcão ativo, cuja última erupção foi em 1970, e que fez uma passagem estreita numa dessas erupções chamada Fole de Netuno tendo à sua direita a montanha Sentinela. A Ilha está coberta por glaciares. Existe a Baía Foster na qual desembarcamos cuja temperatura é uns 3 graus mais quente e por isso solta vapores. Existe uma base chilena com instrumentos para controle sísmico mas desabitada, uma base argentina e uma espanhola, que funcionam apenas no verão.
Como na Antártida anoitecia a partir das 23 horas, fomos fazer um passeio muito irado lá pelas 19h do dia 02/02 para conhecer a Ilha da Despedida e suas escavações naturais. Repleta de esculturas desenhadas pelo tempo, glaciares (alguns esverdeados por estarem repletos de algas), colônias de petréis, pinguins, rochas furta-cores por possuírem cobre em sua composição e um oceano salpicado de um animal primitivo chamado Salpa que serve de alimento a animais maiores, porém sem o teor nutritivo do krill. Foi simplesmente emocionante!
Dentro dos botes atravessando um estreito na Ilha da Despedida (Cuverville Island)

No 04/02 de manhã o sol acordara com toda sua energia enchendo de brilho a natureza, e lá fomos nós conhecer as belas Orne Islands, encontrando como anfitriões uma alegre colônia de pinguins Chinstrap e 2 jovens lobos peleteros antárticos escarrapachados ao sol. Manhã memorável!!


A caminho do próximo destino fomos presenteados com o aparecimento de um casal de baleias jubarte alimentando-se de krill com seu filhote... nas águas cristalinas conseguimos ver seu papo e nadadeiras brancas ... um momento de encantamento para todos no barco !! Vídeos no link
Encerrando com chave de ouro o 04/02 pegamos nossos Zodiacs e fomos passear pelas Ilhas Melchior, baixas, estreitas, repletas de canais, e por isso denominadas “Veneza da Antártica”. Avistamos baleias, lobos marinhos, centenas da aves, e de longe a entrada do mar de Drake que começaríamos a atravessar naquela noite".

Maria Heloisa e Tainá usando roupas para o frio no deck do navio


Vista panorâmica da proa do navio e pessoas circulando no deck atravessando o calmo e belo Active Sound

Base Argentina
Salão de reuniões a bordo do semi quebra-gelos Ushuaia.
Vista panorâmica de Ushuaia, Argentina. Mar, construções residencias e montanhas ao fundo.

segunda-feira, 16 de março de 2020

O Superlinda pelo mundo - Santuário de Nossa Senhora Aparecida

Néia com a camiseta do SuperLinda de braços abertos em frente ao Santuário.

A Aparecida vai quem tem fé.

Passando por uma cidade da região por motivo de trabalho, Neia e Fernanda aproveitaram o domingo e foram até a Basílica de Aparecida. Mesmo sem uma intenção especial, estar naquele ambiente, já visitado em outras ocasiões, "trás muita paz e tranquilidade a qualquer pessoa” comenta Neia.

O Santuário estava com "os locais de passeio abertos, porém como não havia celebração da missa, o número de visitantes era muito pequeno”, diz Fernanda, se referindo as recomendações das autoridades para evitar aglomeração, em tempos de coronavírus.

Por sua vez, Fernanda conta que já esteve na Basílica quando tinha uns 4 anos. Devoto da padroeira, seu pai, foi até lá cumprir uma promessa feita à Santa, um pedido para que conseguisse adquirir a casa própria. O fato se cumpriu e a promessa foi paga. 

Agora, adulta Fernanda, diz que já não lembrava mais deste fato, mas ao entrar na sala de promessas, em particular naquela relacionada à casa própria, teve o insigt da lembrança e isto a deixou muito comovida. E relata: “Ao entrar, as lembranças vieram muito forte para mim, e me emocionei, mais ainda, porque eu estou passando por esta mesma situação, buscando realizar a compra do meu próprio imóvel”.

A Basílica de Aparecida é rica pelo seu simbolismo expresso na arquitetura. Vista de cima ela é uma cruz com lados iguais. Simbolicamente quer dizer “lugar para todo o mundo”, lugar onde se encontra abrigo e amparo na casa da Mãe. 

A casa da Nossa Senhora Aparecida que recebe cerca de oito milhões de fiéis por ano, recebeu também os pedidos feitos por Fernanda De Lourdes Pereira e Lucinéia Rodrigues da Silva. Que sejam atendidos e que cintilem sobre todos nós.

Fernanda e Neia, em Basílica de Aparecida, amigas que fazem do SuperLinda também um blog de viagem.

Néia e Fernanda na Passarela da Fé e aos fundo vista panorâmica do Santuário.
Imagem da verdadeira N.S.Aparecida encontrada pelos pescadores.
Vista panorâmica interna da Basílica.

Néia e Fernanda na frente da verdadeira imagem de NS.Aparecida dentro da Basílica.

Néia e Fernanda dentro da Basílica sob a imagem do Espírito Santo.

Foto do alto do altar da nave central onde se saem os quatro lados da cruz.

Néia com a camiseta do SuperLinda na Passarela da Fé e visão panorâmica da Basílica.

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domingo, 8 de março de 2020

HATSHEPSUT, uma mulher muito a frente de seu tempo.


Ela foi verdadeiramente uma mulher a frente de seu tempo. A frente do seu tempo cerca de 3000 anos antes do meu, do seu, do nosso tempo. Ela é HATSHEPSUT, que significa "a mais nobre das mulheres". Uma rainha que adquiriu um poder extraordinário com sua inteligência e astúcia. Primeira mulher a se tornar faraó na história do Egito, governou o país por 22 anos. Um cargo até então somente ocupado pelos homens.

A história das lideranças femininas no Egito é conhecida no mundo inteiro. Mulheres que souberam usar os encantos físicos para domínio sobre seus homens e em consequência obter o trono como rainhas. Talvez a mais conhecida, de beleza exuberante, tenha sido Cleópatra. Mas, além dela há, também, Nefertiti e Nefertari que trazem no próprio nome significados que remetem a beleza.

A cada uma delas são atribuídos feitos memoráveis, com significados reconhecidos e comprovados nas inscrições das paredes de seus templos. Sobre todas contam-se fatos em que são usados, antes de cada afirmação, termos como: “de acordo com os registros históricos...”, "não se sabe qual a sua origem", “os estudiosos acreditam...”. Afirmações, estas que se tornaram história da humanidade da qual ninguém ousa discordar.

Nefertari foi rainha do Egito, esposa do faraó Ramessés II. Seu nome quer dizer “a mais bela, a mais perfeita”. Ela morreu no ano de 1254 a.C e sua tumba, descoberta em 1904, é considerada uma das mais luxuosas do Antigo Egito.

Embora saqueada, preserva a beleza e a riqueza dos desenhos das paredes. Para garantir a conservação, a entrada de visitantes no seu interior é limitada e ao preço de USD 90 o ingresso, por pessoa. Porém, é possível conhecer os 520m2 do templo funerário de Nefertari através de um tour virtual disponível na internet.

Da mesma forma, Nefertiti, casada com o rei Amenófes IV, de beleza admirada por todos os egípcios tem no nome o significado de “a mais bela chegou”. A rainha teve grande influência na disseminação do culto monoteísta, um só Deus. Ela era uma das únicas pessoas que podia reverenciar e interceder diretamente com o rei-sol Athon. Nefertiti absorveu todas as divindades femininas cultuadas na época pelos egípcios e passou a ser venerada como uma semideusa.

Todas elas foram rainhas, mas nenhuma até então, havia se tornado faraó. Este feito as mulheres devem à Hatshepsut. Demonstrou habilidade, força e foi ardilosa o suficiente para alcançar seus objetivos. E para isso, ela soube ser homem e mulher. Nas inscrições em seus monumentos, as designações de masculino e feminino da sua personalidade são alternadas. Ela tanto é o filho como a filha de Amon, o deus do reino.

A fim de fortalecer sua imagem como governante, ela vestia a roupa tradicional dos faraós e chegou mesmo a usar uma barba falsa, um costume exclusivo dos faraós. Por todos os monumentos de Luxor, ela está representada nas paredes e esculturas como se fosse um homem.


Ascensão de Hatshepsut ao poder

Os pais de Hatshepsut eram o rei Tutmés I e a rainha Amés. Desta união tiveram apenas esta filha mulher. Mas, ela teve meio-irmãos do casamento de seu pai com outras mulheres. Casar e ter esposas secundárias ou concubinas era uma prática habitual.

Tutmés I foi um monarca incomparável para a época. Considerado um grande guerreiro, governou o Egito de forma nunca antes visto. Esteve no poder por apenas 13 anos, vindo a falecer quando tinha por volta de 40 anos. Pela hierarquia, com a morte de Tutmés I, o herdeiro do trono, seria Tutmés II, o filho homem mais velho, que o faraó teve com uma das  esposas secundárias. 

Com o propósito de garantir a posição de rainha, Hatshepsut arquitetou seu casamento com esse seu meio-irmão, o agora faraó Tutmés II. A união entre irmãos era outra prática habitual naquela época. Desta relação, também não houve filhos homens, apenas uma filha mulher de nome Neferure. 

Anos mais tarde, com a morte de Tutmés II, o trono seria de Tutmés III, filho de uma esposa secundária, portanto, enteado de Hatshepsut. Como o herdeiro era criança sem idade para assumir o poder, Hatshepsut, no papel de regente de Tutmés III,  não perdeu a chance e se tornou rainha para governar as terras altas e baixas do Egito.  

Para alcançar seu intento tratou de deixar o pequeno herdeiro de lado e excluído das cerimônias e atos oficiais do reino. Com isso, Hatshepsut começou a preparação para chegar ao trono. Passou a usar roupas masculinas e a fazer amizade com todos os sacerdotes do país, desde a Núbia ao Sinai.

Hatshepsut queria sempre mais e não poupava ações em busca dos seus interesses pelo poder. Ela contou ao povo egípcio que um dia o chefe do templo Amon Rá perguntou: Quem foi a mais linda das mulheres? E a resposta foi: A rainha Nefertari, a mãe de Hatshepsut. Por ordem do deus Amon os sacerdotes foram a procura da mãe de Hatshepsut e a trouxeram para a capela onde morava o deus Amon. Ali juntos, habitando o mesmo teto, Amon Ra e a mãe de Hatshepsut se casaram e ela veio ao mundo como filha dos dois. Com este relato imaginário Hatshepsut confirmou que ela tinha o sangue real e também o sangue divino do deus Amon. Assim Hatshepsut foi proclamada como a rainha faraó do Egito. O termo faraona ou faraoa não existia no passado e era um cargo proibido para ser ocupado por mulheres.

O reinado de Hatshepsut foi pacífico e isso contribuiu para realização de seus planos de comércio. Restaurou todos os templos inacabados dos reinados anteriores, foi também a responsável pela construção dos obeliscos das pedreiras de Aswan. A expedição pelo Mar Vermelho tinha entre os objetivos buscar árvores aromáticas, olíbanos e mirra. O comércio era feito com base de troca com mercadorias egípcia. 

No interior do belo templo mortuário de Hatshepsut é possível ver toda essa viagem ilustrada nas paredes, em detalhes, do início ao fim quando aportou na capital Tebas, atual Luxor. A faraó ofereceu os produtos a Amon, e as árvores aromáticas foram plantas na entrada de seu templo em Deir el-Bahri.

Deir el-Bahri é o complexo de sepulturas e templos mortuários, conhecido como djeser-djeseru, que significa  “o mais sagrado dos locais sagrados” ou "a maravilha das maravilhas".  Ele está situado na margem ocidental do rio Nilo, no lado oposto à cidade de Luxor. Do outro lado, fica o célebre Vale dos Reis. 

O  Templo de Hatshepsut foi esculpido na encosta da montanha. Um edifício em terraços horizontais e avarandado que foi  desenhado pelo arquiteto Senenmuth. Ele era responsável por acompanhar a construção do templo, importante auxiliar nas conquistas militares deste reinado e pela educação de Neferure, com quem mantinha, talvez, uma relação amorosa. 

Hatshepsut faleceu com aproximadamente 50 anos e foi sucedida por Tutmés III, o enteado, afastado quando menino. Embora não seja o mais famoso faraó da história, ele é considerado um dos mais importantes, chamado “Napoleão. o faraônico” pelas suas conquistas. 

Após sua morte, o faraó sucessor casou com a filha de Hatshepsut, entretanto, ao assumir o trono, este ordenou que esculturas e registros de sua madrasta fossem apagados. A destruição dos feitos dos reinados, após a morte destes, era outra prática comum entre os novos faraós quando assumiam o poder. 

A redescoberta dos restos mortais, da tumba da rainha-faraó aconteceu apenas no século 20, quando sua múmia, em pedaços,  foi localizada. No local, os arqueólogos encontraram santuários dedicados a Hathor e Anúbis, além de uma esfinge de Hatshepsut, demonstrando seu triunfo sobre os inimigos.

Houve a tentativa de retirar dela o crédito pelos feitos, mas eles foram tão grandiosos que isso não foi possível. Ela adquiriu poder extraordinário como rainha. Aparece, inclusive, listadas como um dos maiores líderes da história. Livro “100 Grandes Líderes” escrito por Brian Mooney – jornalista e escritor.

8 de março - Dia Internacional da mulher. Minha homenagem às mulheres representada por Hatshepsut. 

-rat chip sut- fonética para Hatshepsut - tudo junto e muito rápido. 

O SuperLinda com Hatshepsut
Vista panorâmica da vista frontal do Templo de Hatshepsut
Templo de Ramessés II e sua esposa preferida Nefertari
Templo de Nefertiti
Interior do Templo de Nefertari

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Fonte: Ahmed Gamal El Din - guia turístico
Fonte: Livro 100 Grandes Líderes de Brian Mooney.