quarta-feira, 24 de junho de 2020

Acende a fogueira no meu coração


Não há dúvida o título deste post sugere alguém pedindo para viver um grande amor. Muitos devem estar pensando: Ah! Quem me dera! A frase faz parte de uma música do cancioneiro popular que começa assim: "”São João, São João, acende a fogueira no meu coração...” e é uma das cantigas mais conhecidas das festas juninas.

O mês é de festa de São João, mas não só dele. Dia 13 foi o de Santo Antonio. Para quem já clamou por casamento e amor ao santo casamenteiro, aproveita o dia 24 para reforçar o pedido para as dores do coração. Enquanto o dia 29 será o do todo poderoso São Pedro, o dono das chaves do céu. Aquele que Jesus escolheu para ser o seu sucessor, o primeiro papa da igreja. A comemoração deste, como não poderia deixar de ser, é cheia de pompas e missa na igreja católica.

É a soma das três comemorações que acontecem neste mês que são chamadas de Festas Juninas, a de São João é apenas uma delas. De certo que é a mais festejada com cantos e danças nas ruas e em volta da fogueira já que ele é chamado de o Santo Festeiro. No sul, de clima frio, esta é uma comemoração feita a base de muito quentão, pinhão, pipoca, comidas de milho.

Na realidade a origem desta festa vem de muito antes do surgimento do catolicismo. Eram festividades realizadas por agricultores para pedir por boas colheitas. A tradição chegou ao Brasil por meio dos português e jesuítas e trouxe alguns significados aos costumes. No caso da fogueira teria sido usada por Santa Isabel, mãe de João Baptista, para avisar à Virgem Maria, do nascimento de seu filho.

A data de nascimento de João, 24 de junho, coincide com o verão no hemisfério norte, época em que se festeja as colheitas. Neste caso há a versão de que as fogueiras, as danças em volta do fogo e o salto sobre as chamas eram feitas para afastar as pestes dos cereais e estiagens. Já a quadrilha diz-se ser uma tradição de dança de salão francesa do início do século XIX passado.

Histórias e lendas existem para sustentar costumes e tradições. Todas são bem vindas desde que sejam para fazer bem ao nosso coração.

Seu blog dá acesso ao deficiente visual?    Fotos legendas para acessibilidade do deficiente visual. #pracegover - Foto montagem de uma fogueira com um coração. Cores: laranja, marrom cor de fogo, letras com.a frase titulo em amarelho e coração ao centro em cor preta. Arte de Letícia Rieper.

terça-feira, 16 de junho de 2020

A Coluna da Peste em Viena, um déjà-vu.



A Coluna da Peste, construída como símbolo da erradicação da grande epidemia que assolou Viena em 1670, está sendo usada para pedidos de fé e esperança da pandemia do coronavírus, conforme noticiou o Euro News.

Viena foi uma das cidades que mais me surpreendeu, depois de Berlin, pela imponência das construções, avenidas e monumentos. E foi caminhando por suas ruas que me deparei com este marco grandioso dedicado à Santíssima Trindade.

A coluna levantada no século XVII, em estilo barroco, a mando do Imperador Leopoldo I, está localizada na Grabe. Uma zona de pedestres, da época dos antigos romanos, no centro histórico da capital austríaca.

Confesso que senti um certo desconforto quando soube de algo tão lindo feito para lembrar uma peste. Embora o sentido seja o de representar a vitória sobre o mal, ainda assim, foi inquietante. Mas o que se aprende com tudo isso é que epidemias marcam a vida do ser humano ao longo de toda a história, com consequências sociais e econômicas, sem solução até os tempos de hoje.

Parece que doenças e pestes continuam ameaçando o mundo, agindo a seu "bel prazer" sobre a humanidade, sem que a ciência se dê conta ou dê conta delas. A diferença é que se antes as homenagens às vítimas eram imortalizadas por monumentos, hoje são feitas com discursos políticos e permanecem na história para serem reprisadas em retrospectivas digitais.

O comportamento dos vienenses em transformar a Coluna da Peste em local de peregrinação é a perfeita associação de algo já vivido antes. Um déjà-vu real.



Descrição da coluna vista na foto:

  • Pedestal reservado aos homens.

  • Anjos como mediador entre Deus e os homens.

  • No nível mais alto a Santíssima Trindade.

  • A face oeste é dedicada a Deus pai e tem uma água de duas cabeças, o brasão de armas do Santo Império Romano, os brasões dos austríacos Inner terras, os ducados de Styria, Carinthia e Carniola.

  • A face leste é associado com o Filho de Deus e assume os brasões dos reinos da Hungria, Croácia, Dalmácia e Bósnia.

  • A face norte, pertence ao Espírito Santo, está decorado com os bras˜pes de armas do Reino de Bohemia, a Margraviate de Alta Lusacia e Baixa Silésia, bem como o Ducado da Silésia.

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terça-feira, 2 de junho de 2020

O SuperLinda em St.Moritz na Suíça

Vista panorâmica do lago de Saint Moritz


Tudo parece se contradizer. A cidade é um vilarejo de 5 mil habitantes, mas é considerada cosmopolita. Tem 322 dias de sol por ano, mas são seus cumes de montanha brancos de neve que impactam na chegada. Ela que se tornou famosa por ser ideal na época de verão é um dos mais famosos destinos de inverno do mundo.

Assim é Saint Moritz na Suíça. O meio de transporte usado como deslocamento foi feito, saindo de Zermatt, com o conhecido Glacier Express. A permanência em St. Moritz não foi exatamente a de uma grande estadia, mas sim, uma passagem. Um pernoite. O suficiente para sentir o glamour experimentado em tantos faz de conta de filmes e vídeos.

Nesta viagem foi possível sentir que o vilarejo alpino, formado em torno do lago do mesmo nome, merece toda a fama que tem. É lindo, charmoso e de beleza natural encantadora.


Dependendo do que você procura e deseja tenha a grata satisfação de saber que é possível viver Saint Moritz. Eu falei viver S.Moritz, diferente de viver em St.Moritz, pois trata-se de um dos mais caros custos de vida da Europa.


Porém, há atrações ao alcance de todos e  são muitas. O simples caminhar por suas ruas, é um deles. Um local de charme e sofisticação para ver vitrines de grifes famosas e paisagens exuberantes.

Pelas mesmas pedras que Brigite Bardot caminhou de mãos dadas com o namorado Gunther Sachs é possível circular e passar em frente ao Badrutt's Palace Hotel. E qual a importância disso, alguém pode estar se perguntando?

Conhecendo a história, impossível não ficar radiante de frente ao famoso hotel da família Badrutt, inaugurado em 1986. Esse é um hotel de reputação lendária frequentado por membros de famílias reais, por personalidades da política e do entretenimento.

Todos, desde aquela época, iam em busca do serviço único e especial que o hotel oferece ao hóspede até os dias de hoje. Decorado com elegância clássica, ares luxuosos e  com as suites voltadas para o lago, já receberam desde Alfred Hitchcok a Princesa Diana.

No que diz respeito a culinária, a Suíça deve ser respeitada não só pelo founde. Na famosa St.Moritz os doces tem sabor indescritível. Em qualquer restaurante ou confeitaria experimente a “tuorta da musch Engiadinaisa”, uma torta de nozes que leva o nome de Engadina, o mesmo da região geográfica da cidade. Uma especialidade da tradicional Confeitaria Hauser.

A proximidade com a fronteira da Alemanha e a Itália permite a fluência dos dois idiomas entre a população, além do dialeto local, o romanche. Mas é o alemão que é o idioma oficial dessa região.

Um lugar onde pouco se pode comprar, mas como em toda viagem é possível esbanjar o olhar nas galerias de arte dos corredores e escadarias que ligam a cidade alta da baixa, adquirir cultura e conhecimento.












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