terça-feira, 26 de maio de 2020

O SuperLinda em um tour pelo mundo afora - França e Itália




Cannes, na França
Em um passeio pela Itália e França, Chrystian Ilg trouxe para o SuperLinda fotos de paisagens de encher os olhos.

Na passagem pela charmosa Riviera Francesa, de cenas deslumbrantes, Chrys faz da sofisticada Cannes o fundo para foto perfeita com a camiseta do blog SuperLinda.

Enquanto na romântica Verona de Romeu e Julieta, a camiseta compõe o quadro junto ao rio Ádige. Mesmo que não se saiba se realmente esses personagens existiram, a obra de Shakspeare foi imortalizada e chamada "casa de Julieta" é uma edificação do século XIV.

E por último, necessariamente não nesta sequência, a passagem por Ezê serviu de cenário para a foto diante do Mar Mediterrâneo. O charmoso vilarejo medieval, na Côte D'Azur, está localizado entre Nice e Mônaco. A pequena cidade é muito bem preservada e tida como um tesouro no topo da colina, ainda pouco conhecida como destino turístico.

Chrystian Ilg Instagram @pics_by_chrys amigo que faz do SuperLinda também um blog de viagem.


Éze, cidade próxima de Mônaco, na França

Por do sol na cidade Verona, na Itália.

terça-feira, 12 de maio de 2020

Champagne Pommery À Reims - France


Madame Promery. Foto do site

Jeanne Alexandrine Louise Mélin Pommery, a Madame Pommery, é mais uma dessas mulheres consideradas de viverem a frente de seu tempo. Ela se revelou uma grande empreendedora e começou a criar a imagem da marca Pommery, pelo mundo afora, por volta do ano de 1870, na França.

Casada com Alexandre Louis Pommery, assumiu o controle da empresa após a morte do marido.  Seu maior feito foi quando, em 1874, criou o primeiro Champagne Brut: o Pommery Brut Nature. Além do nome vinculado à maison, ela sabiamente criou uma imagem em torno de sim mesma, e  de seu produto. Para tanto, em 1882, ela contratou o artista Gustave Navlet para esculpir a sua imagem e outras obras de arte nas paredes de sua imensa cave.

Sobre a Maison Pommery, em descrição no site, encontra-se a seguinte definição: "a Pommery é delicadeza e vivacidade, coração e alma, um estilo feito com elegância, que tem uma pontuação focaca nos aromas refinados, e não na sua força. Toda a colheita das propriedades de Pommery está essencialmente em vinhedos considerados Grand Cru, e é feita à mão".

A criação do Brut Nature, com menos açúcar do que os haviam na época, foi desenvolvido para atender o mercado inglês, um dos principais consumidores de champanhes na época. Eles buscavam uma bebida menos adocicada das que que eram produzidas até então. 

Isto foi considerado uma revolução, uma meta ambiciosa e muito bem sucedida que tornou Louise Pommery uma pioneira. Para bem realizar esse feito, a Madame mudou a cave para um lugar que combinasse as condições ideais de produção. Assim em julho de 1868, ela lançou o “canteiro de obras do século” em Reims, considerado a "metarmofose dos crayères em adegas".

A visita pela cave é uma viagem no tempo feita por entre as milhares de garrafas acomodadas pelos corredores. É como percorrer um labirinto sob arcos de pedra e esculturas nas paredes, feito galeria de arte. Um passeio alimentado pela história da construção dos 18 km de extensão do túnel e do projeto visionário da Madame Pommery. Estes subterrâneos servem de local de armazenamento para envelhecimento do champagne

Para descer até lá há um escada de 116 degraus desgastadas na beiradas pelo pés de quem trabalha ou transita nela. São túneis escavados e esculpidos em pedra calcária chamada de giz. “Giz, cré ou greda é uma rocha sedimentar porosa, uma espécie de calcário branco constituído essencialmente por carbonato de cálcio sob a forma de calcite, do final do século XVIII." informação do site.

Em 1968, para se diferenciar das demais casas de Champanhes, Louise resolveu construir um edifício no estilo neo-elisabetano gótico, finalizado somente 10 anos depois. Em 2015 Reims recebeu o reconhecimento de seu champanhe, cavas e vinhedos como patrimônio Cultural Mundial. Com isso a cidade passou a figurar quatro vezes na lista da Unesco. 

As fotos registram a passagem do SuperLinda pela Cave Vranken Pommery com informações prestadas pela guia da empresa produtora do famoso champanhe Pommery. Viagem realizada em 2019 com a agente Heloisa Soter Correa da Bel Turismo.


Foto panorâmica do edifício estilo neo-elisabetano gótico - Prédio da Caves Pommery
O SuperLinda de frente para a entrada da Caves Pommerry - Paredes de pedras cor areia e portas de madeira.
Escadaria de 116 degraus de acesso aos túneis
Escultura da Madame Pommery na parede dos corredores.
Garrafas de champagne desde 1874
O SuperLinda com a taça de champagne em momento de degustação
Corredores internos da cave.
Esculcutura de arte nas paredes da cave.

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segunda-feira, 4 de maio de 2020

Um timaço



Em pé da direita para esquerda Roberto, Faísca, Nilton Fagundes (o Gordo), Carlos Ternes e Serginho. Embaixo, agachados, Telmo Cherem, Ademir (o Mãozinha), César Maciel, Jonas, Sergio Ternes e Beto Preto.


Esta é a foto de um timaço, tirada no centro do gramado do Estádio do Tiradentes, na cidade de Tijucas - SC, em um ano próximo a 1960. Um timaço, sim. Alguns deles jovens adolescentes, outros ainda crianças, que não seguiram a carreira, mas certamente tinham como sonho de criança ser um jogador de futebol.

Viviam na época a euforia das Copas do Mundo de 1958 e 1962 ouvidas pelo rádio. A voz vibrante dos radialistas aguçavam ainda mais suas mentes fantasiosas. Imaginação é algo que se tem a perder de vista, sem tamanho, sem fronteira ou divisa. Cada um dá à ela a dimensão que seu sonho alcança.

Não há novidade no que escrevo. Sonho de criança, futebol e meninos é tema por demais explorado. Aqui a ideia vem das lembranças que a imagem da foto resgatou da minha memória. Recordações de pessoas que já não vejo mais. Cada um com suas trajetórias. O que fazem da vida, qual caminho seguiram? A única certeza é a de que são protagonistas da suas próprias histórias.

Como tantos garotos não precisavam nada além de um terreno baldio para jogarem uma bolinha. Mas para estes havia um campo de futebol e camisa oficial para o time.  No imaginário de cada um quem seriam eles? Um Djalma Santos, um Bellini, um Garrincha, um Vavá, ou um Pelé correndo no gramado do Maracanã? Decerto que se sentiam os melhores jogadores do mundo, cada qual fez o seu gol mais bonito, e estavam ali, provavelmente, se sentindo ovacionados pela torcida.

Porém a realidade era bem menor, havia sim quem os observava, mas era uma única pessoa: a minha avó, Mila Ramos. Técnica em enfermagem, formada na capital Florianópolis, coisa raríssima para a época, e parteira de Tijucas. Ela nunca escondeu a preferência que tinha pelo seu primeiro neto, o Roberto. Não foram poucas as vezes em que o menino atravessava a cerca de madeira que existia entre o campo de futebol do Tiradentes e a casa dela, chorando porque não o deixavam jogar no time.

Ao que se sabe, pelas conversas alheias, o piá era um jogador sem talento algum. Embora as palavras usadas pelos amiguinhos, para descrever as qualidades esportivas do garoto, não devessem ser tão delicadas quanto as que escrevo.

Sem poder ver o neto sofrer a discriminação, sofrimento este, muito maior dela do que dele,  tratou de comprar um jogo de camisa completo para ele formar o seu time. Não bastasse isso, escolheu justamente o conjunto do Avaí. Time do coração dele.

Ora, o dono da camisa é também o dono da equipe. Sendo assim, só teria jogo se ele participasse. E para certifica-se que tudo corria bem, dizia em alto e bom tom, a quem quisesse ouvir, que fiscalizava o desenrolar da partida pela fresta da cerca de madeira. 

Enquanto a bola rolava, ela preparava um lanche a base de banana frita como prêmio para todos do plantel. Sem se importar com a vitória ou a derrota, o importante era ver o seu neto em campo. Ao final do jogo ela mesma removia uma das tábuas da tal cerca, fazia os meninos atravessarem para dentro da sua casa e todos se fartavam comendo os bolinhos fritos que fazia.


Este era o time formado pelo meu irmão Roberto, e seus amigos Faísca, Nilton Fagundes (o Gordo), Carlos Ternes e Serginho, em pé na foto, da direita para esquerda. Embaixo, agachados, estão Telmo Cherem, Ademir (o Mãozinha), César Maciel, Jonas, Sergio Ternes e Beto Preto.

O tempo passou e aqueles moleques de camisa azul e branco, provavelmente, veem os seus sonhos de infância, nas crianças de hoje, projetados nos golaços e dribles desconcertantes dos novos craques da Europa. Mudanças geográficas mas os mesmos sonhos de sempre.

A história desse time já fiz menção em outros escritos, e é assunto corriqueiro quando estamos em família ou entre amigos. A foto serviu para definitivamente registrar o caso.

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