sexta-feira, 19 de março de 2021

Ana Carolina João - SuperLinda no México






Arte com três fotos de Ana Carolina João. No canto esquerda com a camiseta do blog SuperLinda na entrada do Parque Grutas de Garcia, embaixo no canto esquerdo foto de Ana no interior da gruta. Usa calça comprida verde de camiseta cor vinho. Do lado direito com a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe. Na parte de cima do card está escrito em letras douradas "SuperLinda" e em letras pretas "no México". Fotos arquivo pessoal de Ana Carolina João.

 

Em setembro de 2019 a jornalista Ana Carolina João viajou para o México em sua primeira viagem internacional. Hoje, ela fala das surpresas e das sensações que teve naquele país tão cheio de contrastes, beleza e cultura. 

O motivo teve caráter mais familiar do que de turismo, mas ambos aconteceram de forma simultânea e prazerosa. O passeio tinha por objetivo visitar a irmã Adriana João Rangel que já morava lá há dois anos. Tudo foi organizado entre Ana e o cunhado, Everton Rodrigo Rangel, de forma a fazer uma surpresa para Adriana. Fato que contribuiu para maior ansiedade na chegada, além da expectativa pelas novidades. "O Everton fez reservas em hotéis e planejou os passeios. Havia muitos lugares para visitar e conhecer" inicia Ana.

Montagem de card com quatro fotos: em cima lado esquerdo Ana de vestido listrado ao lado de carrinho de bebidas com chapéu de abas largas tipo mexicano. embaixo Ana e Adriana brindam com copos de Sangrita e Everton com garrafa de limonada. Lado direito prato de comida típica e Ana diante de uma mesa com várias garrafas de bebida. Fotos do arquivo pessoal de Ana Carolina João.

Mesmo sem ter certeza do que encontraria, conta que chegando lá se surpreendeu com tantas opções, como por exemplo a quantidade de parques e museus. "Minha irmã morava em Saltillo, há 1h de carro de Monterrey, pude aproveitar para conhecer aquela cidade, assim como Arteaga e a bela e famosa Cancún, onde ficamos por uma semana." conta.

A princípio não achou as cidades muito diferentes da nossas. Descreve que "Em geral, são limpas em alguns bairros, sujas em outros e bastante empoeiradas devido ao clima seco e típico da região. As pessoas não respeitam o trânsito, não usam o pisca-pisca do carro e tocam muito a buzina". Essas cenas fizeram Ana associar com filmes que se passam no México. "Foi bem engraçado. Eu lembrava daquelas cenas que assistimos e pensava assim: 'nossa, é igual mesmo'". 

Em contraste à riqueza desse belo país, se vê por todo lugar uma população pobre. Havia muitas pessoas em situação de pobreza pedindo ajuda nos semáforos e morando em casas muito humildes. "Infelizmente, uma situação muito parecida com a do Brasil", comenta.

Outra curiosidade são as caminhonetes abertas na parte de trás transitando com cerca de 8 a 10 pessoas sentadas sem nenhuma proteção “do mesmo jeito como vemos nos filme” repete. E acrescenta: “lá não é obrigatório usar capacete pra dirigir moto, não pode sair de casa sem camisa, não pode comprar bebida aos domingos, nem beber na rua independentemente de dia e hora”.

Quanto a alimentação a jornalista assegura: "Quando dizem que lá só comem pimenta, acredite". Embora ofereçam a opção sem este condimento, ela fez questão de provar o típico tempero mexicano, mas confessa que não conseguiu fazer disso um hábito. Lembra que provou guacamole, tortillas, burrito, quesadilla, tacos, nacho e completa: "É comum servirem abacate e feijão em quase todos os tipos de comida, inclusive no hamburguer. 

Na continuação, como não podia deixar de ser, bebeu Tequila e Sangrita. A Sangrita é um drink preparado com suco de tomate, suco de limão e de laranja, pimenta jalapeño ou gotas de Tabasco. Este pode ser servido em copos separados: primeiro dá um gole na sangrita mantendo-a na boca, seguido da tequila. Porém a opção de fazer a mistura antes de beber também é bastante comum.

Dos lugares visitados ela destaca as Grutas de Garcia, próximas a cidade de Monterrey, o segundo maior sistema de cavernas do mundo, descobertas em 1843. A entrada da gruta fica no alto da montanha com uma bela vista. Há duas opções de acesso para chegar lá. Por uma escadaria de mais de 700 degraus ou de teleférico. Ana escolheu a segunda. No seu interior as salas têm nomes sugestivos como “Teatro”, “Inferno”, “Fonte dos Desejos”. Junto da imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira dos mexicanos, foi um dos lugares escolhidos por Ana para foto de lembrança.


Ana Carolina, com a camiseta do blog SuperLinda, no interior do Museo de Dieserto de frente para fósseis de animais pré-históricos, fundo de iluminação de predominância da cor azul e roxo. Foto do arquivo pessoal de Ana Carolina João.

Em Saltillo, visitou o Museo del Dieserto, de história natural.  Há uma grande exposição de animais pré-históricos, depois o museu surpreende com animais vivos, típicos da região desértica.

 

Card de quatro fotos de Ana no Museu de Cera com a camiseta do SuperLinda. Canto direito com o Papa  João Paulo II, canto esquerdo ela fazendo careta e mostrando a língua diante de Hittler, embaixo sorri para Obama, embaixo sinal de força para dois super-heróis. Foto do arquivo pessoal de Ana Carolina João.

Durante a viagem vale até brincadeira de criança. Para tanto nada melhor do que um museu de cera no Parque Fundidora, na cidade de Monterrery. Este é um complexo reaproveitado da antiga Fundidora Monterrey. Após a falência em 1986, os governos Federal e estadual criaram o parque público. O local tem como objetivo preservar a história e fazer um centro de cultura, negócios, lazer e conscientização ecológica, inaugurado em 2001.

Durante a estadia, por cerca de 20 dias, no México, Ana observou atitudes de patriotismo do povo mexicano. "No dia da Independência eles se reúnem com amigos e familiares em casa ou bares, cantam o hino, veem o pronunciamento do Presidente do país, enfeitam a casa”, diz. Outra cultura bem popular, que ela sentiu, foi a do Halloween. Crianças fantasiadas e pedindo doces e guloseimas pela vizinhança andavam pela cidade.

A experiência foi tão boa que perguntada se moraria lá, diz que sim, mas não para sempre. Porém, se fosse para escolher a cidade faria a opção por Monterrey ou Cidade do México. Do ponto de vista econômico, para se manter naquele país, ela só vê vantagem, se fosse contratada por uma empresa brasileira e “trabalhar para ganhar em pesos”. 


Legenda de foto para acesso do deficiente visual. #pracegover.  Arte de Leticia Rieper.

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terça-feira, 9 de março de 2021

O SuperLinda em Joinville - 170 anos da cidade

 

Foto no pórtico da entrada da cidade. Em madeira e tijolinho à vista, a construção tem estilo enxaimel com o nome da cidade em letras brancas. A sua volta palmeiras imperais, gramado e céu muito azul. Sobre o card escrito em letras brancas Joinville 170 anos de Joinville no SuperLinda. Em primeiro plano a minha imagem de costas para a câmera usando a camiseta com o endereço do blog nas costas. arte de Letícia Rieper.

Joinville, só não te ama quem não te vê. Dia de comemorar 170 anos da maior cidade do Estado de Santa Catarina.

Terra de pouco turismo, terra de alemão, de chopp, de empada, de bicicleta, de orquídea, de apfeltrudel, de rollmops, de Ottos, de Astrids, de Ralfs, de Colins, de Pfuentzeureuters, de Schatschneiders, de Imgards, de  Hertas, Inges, de Joãos, Carlos, Marias, Terezas, de palmeiras imperiais, de antúrios, dos hemerocallis. 

Terra de quem, depois que se acostuma, não sai mais daqui. Cidade de cultura, de grandes artistas e correndo o risco de não citar grandes nomes, vou lembrando de Avancini, de Juarez Machado, de Nilson Delai, de Helena Montenegro, de Asta Reis, Eugenio Colin, de Indios Negreiros, de Amandus Sell, de Môa.

Acho mesmo que Joinville não tem tempo para ser uma cidade de festas ou grandes movimentações turísticas. Por aqui, reinam pensadores, intelectuais, estudiosos, envolvidos com o conhecimento. Otto de Souza, Raquel S Thiago, Dúnia de Freitas Toaldo, Mila Ramos, Maria Elisa Maximo, Marileia Gastaldi Lopes, Irmã Cléa, Marília Crispi de Moraes, Inge Colin, Marina Mosimann.

E não só por isso. A cidade de sotaque carregado da terra da cerveja,  que se fecha no silêncio da noite para acordar às 5h da manhã e pegar no batente da indústria pesada. Ensino de qualidade. Faculdades de alto nível,  escolas de nível médio, muitas delas com base internacional de inglês e alemão.

Qualidade de vida. Próxima 50 km da praia e os mesmos 50 km para alcançar uma serra linda. A razão do verdadeiro exôdo que ocorre nos fins de semana na cidade. 

Tem defeitos, claro que sim. Mas, Joinville, sua linda, como eu gosto de você.

 

Peculiaridades sobre a cidade onde moro.  Clique no link e você pode encontrar mais informações sobre Joinville 


Aos fundos Hotel Tannenhoff construção (1978) em estilo germânico, cor branca e verde e em primeiro plano contraste com prédios modernos e vidros espelhados.Foto Raquel Ramos.


Prédio da Biblioteca Pública Rolf Colin. Edificação dos anos 60, de cor bege, janelas basculantes altas e painel do artista Fritz Alt na entrada principal.


Rua das Palmeiras. Ao fundo o Palácio dos Príncipes em cor branca e azul.

Avenida Juscelino Kubitschek. Separada por um canteiro central de palmeiras imperiais e árvores sobre a calçada. Avenida muito limpa e poucos (4) carros circulando.

Interior da Catedral São Francisco Xavier. de Joinville, inaugurada em 1977. Imagens de santos, cadeiras e aos fundos o altar e os vitrais.

Fachada do Colégio Santos Anjos, na tradicional cor vinho, duas palmeiras imperiais marcam a entrada da escola. Ao lado esquerdo o antigo Hotel Anthurium na cor branca e amarela. Aos fundos contraste com construção de edifício modernos.


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segunda-feira, 8 de março de 2021

Falta assunto


Card sobre arte com o nome do blog SuperLinda. Placa com a inscrição em espanhol da frase, sem nome do autor, "cuando estoy em silencio la mente me grita".

 

Minha amiga outro dia reclamou que não aguenta mais a falta de assunto nas conversas de WhasApp. "Só se fala de covid e pandemia" disse ela. É claro que ela tem razão. E temos que achar bom que existe WhatsApp para nos comunicarmos. Já pensaram isso tudo acontecendo quando não existiam aplicativos e redes sociais? 

Mas porque não temos assunto? A resposta é óbvia: porque é isso que vivemos há um ano. No tempo em que nos encontrávamos socialmente nas rodas de amigos, qual era o papo que rolava? Era o filme que assistiu, a viagem que fez, uma pessoa que conheceu, um lugar novo para visitar, a festa de casamento, de aniversário que foi. Desses assuntos, o único que podemos falar é dos filmes da Netflix, sendo que na maioria, já assistidos por todos. Parece inacreditável mas já estamos falando do tempo em nos encontrávamos socialmente como algo do passado.

Se existe falta de assunto para conversar, para escrever, muito mais. Para alguém, como eu,  que não cria histórias, sejam elas em forma de contos, poesia ou prosa, é muito pior. Minha escrita são relatos de histórias, minhas ou suas, mas vividas e verdadeiras. Nessa situação escrever para o blog, pode não parecer, mas é uma tarefa árdua. Até reclamar da falta de assunto se transformou em assunto e ganha relevância.

As vésperas do aniversário de Joinville e no Dia Internacional das Mulheres, estes poderiam ser temas bem apropriados. Ainda assim é uma repetição de agenda anual. Nesse aspecto reconheço o trabalho dos jornalistas de mídias que são obrigados a tirar da alma um gancho para pauta. Em especial, nesse ano, parabenizo os profissionais que trazem, em destaque, a Princesa D. Francisca. Fogem dos tradicionais emigrantes alemães como a barca Colon e dão destaque a um símbolo da mulher de Joinville. 

Poderia escrever sobre os alarmantes dados de feminicídios, sobre a vida, a religião, a intolerância, o vitimismo, conceitos e preconceitos no mundo. Mas não, não quero. Procuro assunto de traga alegria, exemplos bons. Eu sou da turma que entende que o jornalismo muda o mundo também pela divulgação das boas ações e bons exemplos. É nelas que devemos nos espelhar para seguir em frente. Prefiro escrever de atitudes no dia a dia que ofereçam outras possibilidades. Que você encerre a leitura com satisfação.

Eu não sei mais sobre o que eu poderia escrever. Sobre a praia, as crianças, o namorado, sobre passeios, coisas que nem existem mais. Sobre parques e restaurantes, fechados? Se é viagem, longa ou curta, tudo vem como #tbt. Sim, vivemos uma época em que faltar assunto é normal. Focamos no desabafar de quem está com maiores dificuldades na tentativa de abraçar quem precisa. 

Comentar sobre o momento e expor nas redes sociais é repetir os assuntos batidos de sempre. É preciso muito cuidado. Qualquer distorção, neste momento de tanta sensibilidade, pode ser  visto como politicamente incorreto.

Falta assunto, talvez criatividade, mas que falta alguma coisa, falta. 

 

Legenda de foto para acesso do deficiente visual. #pracegover.  Arte de Leticia Rieper.

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