quarta-feira, 31 de agosto de 2016

OS PODERES DA EVIDÊNCIA



Arte Iugui Comunicação

Seu eu fosse Thor, o deus do trovão, eu teria beleza, força, velocidade, resistência sobre-humana, longevidade, capacidade de controlar elementos da tempestade. Mas importa é que tempestades vão e voltam. Já me basta.

Nem Sun Tzu me acalma mais com mensagens de "Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas". Não quero estratégias milenares de calma e paciência. Tenho urgência em transpor o tempo. A ordem agora é blindar.

Inspirada nos “hiper-mega-power” heróis, estou em busca de superpoderes. A associação de alguns deles poderia trazer grandes resultados. Soltar teias, por exemplo, capazes de grudar e imobilizar, como tem o Homem Aranha. Mas não quero teias para me grudar em pessoas, e sim delas me soltar. Talvez assim eu conseguisse controlar meus instintos mais primários e não me transformar tantas vezes no irado Hulk. Dele eu queria ter só a capacidade de levantar e lançar para o ar – no meu caso lançar as pesadas experiências mal sucedidas da vida, assim como o monstro selvagem faz com o tudo o que encontra pela frente, quando em estado de fúria.

Não. Não desvalorize o poder do Homem Formiga: controlar sua própria altura e massa, seja para ficar maior ou menor e assim se comunicar com os insetos, pode parecer inútil. Mas, cuidado, não menospreze minúsculos seres, eles podem ser peçonhentos.

Como mulher, nenhum poder deveria me atrair mais dos que os da Mulher Maravilha. Super força, velocidade e poder de regeneração. Regeneração? Esse, se eu não o tivesse, já estaria desmilinguida. Mas aliviaria se juntasse a esse poder a leveza do poder de voar do Super-Homem. Mesmo com o risco de ir morar no infinito eu não viraria constelação. Meu mundo ainda é aqui.

De mágico eu queria o anel do Lanterna Verde, capaz de realizar pela força de vontade os desejos mais íntimos da minha imaginação. Mas nada disso adianta se eu não tiver os poderes do Capitão América. Sua inteligência, seus reflexos, resistência sobre-humanas e a capacidade de aprendizado.

Se não temos VIDÊNCIA, CLARIVIDÊNCIA, que ao menos tenhamos poderes para perceber AS EVIDÊNCIAS.


Descrição detalhada das fotos para acesso do deficiente visual (para saber mais clique aqui  - 1 Foto  - Arte feita na cor rosa/vinho a partir de uma foto (minha) original recostada num sofá trabalhada com fotos dos superheróis.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Amor no táxi - #CrônicaDeSegunda



Todas as noites quando saio da faculdade, por volta das 22 horas, chamo um táxi para ir para casa. Já fiz os cálculos desse custo e o resultado foi satisfatório no meu caso. Uma passagem de ônibus circular custa R$ 3,80. Quatro passagens de ônibus custam R$ 15,20, o que representa a média usada por uma pessoa num dia. Eu não ando de ônibus porque minhas distâncias percorridas entre a casa, trabalho e faculdade, distam em torno de 2 km um do outro, o que prefiro fazer a pé. O trajeto da faculdade até minha casa é de cerca de 3,5 km. Já tarde da noite e cansada, me permito usar esse mesmo valor em uma única vez, em prol do meu conforto e segurança. Sendo assim, aciono pelo aplicativo e após a chamada em cinco minutos tem um carro me esperando em frente à faculdade.

Como é normal, sempre rola uma conversa entre motorista e passageiro. No princípio me perguntavam: “A senhora é professora?”, ao que eu respondia: “Não, sou aluna”. Com um pouco de admiração, por não ser comum alguém na minha idade (61) estudar, o comentário que se segue é sempre de elogio, incentivo. Um ou outro completa contando da sua vontade de também voltar a estudar, ou que conhece alguém que está fazendo algum curso.  

A quantidade de vezes que faço uso desse serviço tem sido tanta que muitos taxistas já me conhecem e nem o endereço preciso mais informar. Quando entro no carro o comentário é: “Boa noite, como foi a aula hoje?”, e seguimos em frente. Porém também acontece, claro, de virem motoristas novos, como foi o caso esses dias. Um homem de uns 30 a 35 anos chegou e eu, que havia me perdido no horário conversando com um colega à saída da aula, recebi a ligação no celular: “É o motorista do táxi, já estou aguardando”.

Acelerei o passo, entrei no carro pedindo desculpas pelo atraso, e ele gentilmente disse não haver problema. “Esse eu ainda não conheço”, pensei. Indiquei o endereço, ele quis colocar no GPS e eu falei:
- Não, precisa não. Suba pela Doutor João Colin, entre na Benjamim Constant que eu vou orientando.

No meio do caminho seu telefone tocou, ele atendeu pelo viva voz e não teve como eu não ouvir a conversa. Do outro lado uma voz de mulher dizia:
- Oi, amor, você já está vindo?
- Sim, querida. Só vou deixar um passageiro e já vou, respondeu ele, com uma voz tão doce quanto a dela. E rapidamente se despediram.
- Então tá... beijos, te amo.
- Também te amo, querida, já estou chegando.

Não falei nada, mas gostei do que ouvi naquele rápido diálogo e fiquei com meus pensamentos voltados para o quanto é bom ouvir e sentir aquelas palavras. Naquele momento, pensei: “hummm... legal esse cara”! E não estava enganada.

Parada na frente de casa, ele me perguntou se eu pagaria com dinheiro ou com cartão.
- Com cartão, eu avisei no aplicativo.
- Aiii, senhora, esqueci a maquininha, tá lá no ponto.
- E agora?, perguntei. Estou sem dinheiro nenhum aqui.
- Não? Então não tem problema. A senhora me paga outra hora.
- Espera um pouco, eu vou entrar e vejo se tenho algum dinheiro em casa pra te pagar.

Foi quando começou o segundo problema. Procurei na bolsa a chave de casa e me dei conta de que estava sem ela.
- Moçooo, e agora... nem a chave da casa eu tenho para entrar!

Apressada, nervosa, agoniada espalhei o conteúdo da bolsa no banco em que estava sentada. Sem sucesso continuei
- Pera aí... deixa eu pensar o que vou fazer...

Pacientemente ele interveio:
- Senhora, não tem problema, veja aí o que é melhor fazer, eu espero.

A primeira e desesperada atitude foi ligar para uma amiga, que estaria saindo da faculdade, mais ou menos naquele mesmo horário, para me ajudar. O telefone tocou até o fim e ela não atendeu. “O que vou fazer?”, me perguntava insistentemente. Sem chave para entrar em casa, sem dinheiro para pagar o táxi, já 22h30 e eu não podia ficar no meio da rua.

- Moço, eu não sei nem o que te dizer, mas preciso de ajuda. Minha mãe mora aqui perto e eu tenho que ir para lá, para não ficar aqui no meio da rua.

Imediatamente ele se virou para trás e disse:
- Não se preocupe, vou levá-la. Onde é?

Fui indicando o caminho e ao mesmo tempo conversando para saber como faria no dia seguinte para ir até ele e efetuar o pagamento. Quando chegamos ele me entregou seu cartão com o número de telefone e explicou onde era o ponto de serviço.

A essa altura, eu, que já sabia o seu nome, desci e lhe disse.
- Alan, não sei como agradecer tanta gentileza e atenção. Amanhã sem falta eu te procuro para pagar.

- Não se preocupe, quando puder a senhora me paga.
E lá seguiu ele. Meus pensamentos voltaram-se mais uma vez à conversa que ouvi no carro entre Alan e o seu amor. Cheguei a pensar que o que ele queria mesmo era me largar em qualquer lugar para ir correndo ao encontro da amada. Mas, quando no dia seguinte eu o procurei para pagá-lo, mais uma vez, ele com o mesmo tom de voz gentil, afirmou:
- Sim, mas pode deixar, não se preocupe, qualquer hora passo por aí e procuro a senhora para me pagar.

Pessoas envolvidas em amor geram gentilezas.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Vogue, Vilhena e Pires na Paralímpiada - Rio 2016



A campanha "Somos Todos Paralímpicos", lançada pela Vogue, repercute como uma bomba negativa nas redes sociais.

Os embaixadores da Paralimpíada, Paulo Vilhena e Cléo Pires, convidados pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, aparecem em foto "interpretando" dois atletas da competição - Renato Leite, vôlei sentado, e Bruna Alexandre, paratleta do tênis de mesa.

- "Emprestamos nossa imagem", disse Cléo Pires. 

#naotouentendendocleo?

- Por quê? Renato e Bruna não têm imagem? Eles podem não ter uma perna e um braço, como de fato não têm, mas imagem é o que não lhes falta.

Terá sido unânime entre a revista, a agência de publicidade e os atores a decisão de lançar a campanha nesses moldes? Não existe nenhuma assessoria para alertar que a mensagem do trabalho está distorcida? 

- Hein? Comitê Paralímpico? Não, né? Vender ingresso é muito mais importante.

"Deficiente" quem criou a campanha, "deficiente" elevado à 2° potência, quem participou.

Simplesmente LAMENTÁVEL.



Descrição detalhada das fotos para acesso do deficiente visual (para saber mais clique aqui  - 1 Foto do site da revista Vogue com Paulo Vilhena e Cleo Pires, mostrados no rosto com o corpo (dele sem a perna direira e ela sem o braço direito)que os verdadeiros atletas não têm. 2 - Fotos do site da Vogue dos dois atletas e dos dois atores.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Uma selfie com a Princesa




Quando Francisca Carolina Joana Leopoldina Romana Xavier de Paula Micaela Rafaela Gabriela Gonzaga de Bragança casou-se com o príncipe de Joinvile (filho do rei da França com a rainha de Nápoles), e com ele foi morar na França, quem já era a princesa do Brasil tornou-se também princesa de Joinvile e infanta de Portugal.

Lapidada com o requinte da educação francesa recebida pela Casa Real de França, ganhou o título de La Belle Françoise e a admiração de toda a corte.

Assim é a Princesa Dona Francisca. 
Sua imagem é um símbolo da cidade de Joinville, perpetuada por Fritz Alt na escultura que sempre esteve exposta a céu aberto na tradicional Rua das Palmeiras, a Alameda Brustlein, em frente "à sua casa", transformada no Museu do Imigrante.

Hoje a peça exposta é uma réplica, leia-se original pós-morte, feita a partir do molde tirado do original. Esse trabalho é do artista Pita Camargo que executou a mesma técnica de fundição usada por Fritz Alt. A obra original foi recolhida e fará parte do acervo do museu que leva o nome do escultor, visando resguardar a escultura original da ação de vândalos. 

Elogiável o projeto  da psicológa Wilka Seto-Gehlen para preservar, esta e outras obras do escultor Fritz Alt.              


Nota: A correção do termo "réplica" para "original pós-morte"  foi feita com base no comentário da autora do projeto Wilka Seto-Gehlen.          







Descrição detalhada das fotos para acesso do deficiente visual (para saber mais clique aqui  - 1 Foto em selfie com a escultura da princesa. 2 - Foto de costas ao lado da escultura com o endereço do blog nas costas da jaqueta. 3 - Foto da Rua das Palmeiras com o Museu do Imigrante nos fundos. 4 - 5 - Foto de uma pequena construção ao lado do Museu que é o Auditório Dona Francisca. 6 - Foto de toda a extensão da rua das Palmeiras. 7 - Foto da entrada do portão com a placa de acesso onde está escrito Museu do Imigrante. 8 - Foto da placa de rua com a indicação do antigo nome da rua das Palmeiras, a Alameda Brustlein.

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Trocando pontos por milhas




Estampe SMILES na face, siga MULTIPLUS passo a passo e resgate seus DOTZ.

A frase chega a ser poética. O percurso para alcançar o objetivo, porém, nem tanto. Nos dia de hoje, certamente você já recebeu convite para se tornar "sócio" com cartão fidelidade em alguma loja. São tantas as vantagens oferecidas que é irresistível aderir, frente a gama de produtos que podem ser adquiridos "gratuitamente" com os pontos acumulados.


Em um estudo (leia neste link), foi visto que o "grátis" não existe. A experiência vivida em busca do resgate de pontos, que por direito que são meus, prova que adquirir estes pontos, não é grátis - é caro e você pode ter prejuízo financeiro e moral. 

É um dinheiro, (leia-se "ponto") que você não vê, fantasiado como se fosse um prêmio, que enriquece, cada vez mais, os envolvidos nas empresas que regem este negócio em plena ascensão. 

As milhas, para troca de passagens aéreas, são a cereja do bolo. 

Nesta semana, surpreendida com alguns mil pontos com vencimento em 24h, desesperada, tentei vendê-los. Sim, já existem empresas no mercado especializadas em comprar milhas. Milha é dinheiro na mão. Mas, atenção: nenhum desses sites compram milhas a vencer num período inferior a 20 dias. Portanto, além de se preocupar com os pontos a vencer no cartão, você têm que cuidar com o prazo para poder vendê-los. 

A solução encontrada por uma amiga que trabalha em agência de viagem foi providencial: emitir um bilhete de passagem para não perder os pontos.

Como se não bastasse a corrida contra o tempo, um erro no cadastro do site de relacionamento emperrou a transferência para para o de venda de passagem.

"Erro ....  de relacionamento" essa combinação de palavras não dá certo nunca.

E tudo parece agir contra: a senha de resgate com os dados informados vinha seguido da mensagem "os dados não conferem". Seguiu então um verdadeiro périplo por telefones que começam por 0800 sob o comando daquela voz metálica dizendo..."se cliente, aperte 1" passando até o "se deseja falar com um de nossos consultores, aperte 9..."

Minha amiga, pela experiência que tem, fazia o passo a passo sentada do meu lado. Mas a atendente, exigia falar pessoalmente com a titular da conta para confirmação de dados. 
_Falar comigo? pura burocracia. Quem disse que "eu" não era um blefe. Enfim, ela me perguntou a data de nascimento. Prontamente informei, repeti três vezes, para ao final ouvir: "Seus dados não conferem. Favor enviar email com comprovantes de identificação para avaliação.

Sinceramente, A L U C I N E I.

Cansada, irritada e indignada, dizia que meus dados estavam corretos. Até que descobri que o mês de aniversário cadastrado era "novembro" e eu insistentemente repetia "dezembro", o mês correto.  

_Mas pra que então vocês me perguntam, se a minha palavra não é "confiável".

Sem sucesso, mandei meus dados e comprovantes via email. Nos agradecimentos do site, por entrar em contato com eles, como se tivesse sido por minha livre e espontânea vontade, me avisaram que o prazo para alteração seria de 5 dias.

_Moça...não é possível, falando novamente com a atendente. Meus pontos vencem em 24h e eu vou perdê-los, porque vocês não me dão a possibilidade de alterar o meu próprio cadastro.

Por fim, o stress era tanto que, toda a agencia onde minha amiga trabalha estava envolvida com o meu caso. Uma sugestão daqui, outra dali, até que a gerente da loja pegou o telefone e foi de atendente em atendente, setor por setor, refazer todo o passo a passo do site de pontos e finalizou a transação.

É inadmissível a demora, a limitação, as opções criadas para dificultar a solução do problema. Tudo é feito para você desistir, deixando esses créditos disponibilizados para serem reutilizados pela própria companhia aérea e fazer você pagar por um novo bilhete.

Se ferraram! 

Graças à disposição de pessoas acostumadas a lidar com o assunto, a passagem foi emitida e garanti meus pontos.
Se vou viajar ou não é outro problema.

Nota: No programa Dotz, você não consegue transferir as milhas, é obrigada a emitir a passagem direto do sistema da empresa. Portanto ou você viaja, ou troca por mercadoria que você não precisa - ou simplesmente perde os pontos.


Descrição detalhada das fotos para acesso do deficiente visual (para saber mais clique aqui  1 - Foto (minha) com a mão segurando o queijo,  com montagem feita no aplicativo Over sobreposta com as palavras, Smile, Multiplus, Dotz e figurinhas  indignadas também com a mão no queijo.

sábado, 20 de agosto de 2016

Qual a origem da expressão "Corpo Atlético"



Literalmente "corpo atlético" vem do atletismo e seu sinônimo é Usain Bolt.

Descrição detalhada das fotos para acesso do deficiente visual (para saber mais clique aqui :  Todas as fotos são de Usain Bolt por representar a beleza de um corpo atlético..

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

O Superlinda pelo Mundo - Dresden - Alemanha


SuperLinda pelo Mundo - Dresden, Alemanha

“Quem desaprendeu a chorar está reaprendendo com a destruição de Dresden”. Palavras de Gerhart Hauptmann, poeta alemão, se referindo à destruição da cidade de Dresden, na Alemanha, na II Guerra Mundial.

Construída entre 1726 e 1743, a imponente Frauenkirche, Igreja de Nossa Senhora, é considerada uma das construções de maior valor arquitetônico da Europa.

A edificação em estilo barroco é do arquiteto Georg Bähr. Igreja de religião protestante, ela tem o altar, púlpito e fonte batismal ao centro, além de um órgão inaugurado por Sebastian Bach.

Durante a época do comunismo, suas ruínas foram mantidas como um monumento às vítimas da guerra. A reunificação da Alemanha permitiu sua reconstrução a partir de uma fundação que recolheu donativos e a reergueu.

Uma estátua em bronze de Martinho Lutero não foi atingida pelas explosões da guerra e permanece na praça em frente à igreja.

Silvia e Werner Nitschke são #amigos que fazem do #SuperLinda também um blog de viagem.








Link da imagem - 2005

Link da imagem - altar

link da imagem - 1880
Link da imagem  - 1958
Descrição detalhada das fotos para acesso do deficiente visual (para saber mais clique aqui : 1 - Foto de Silvia na praça da Frauenkirche usando a camiseta na cor verde oliva do blog superlinda, em Dresden na Alemanha.  2 - Foto de Silvia e Werner usada no perfil do FB. 3 - Foto do Google da igreja restaurada. 4 - Foto do Google do interior em evidencia o altar. 5 - Foto do Google da igreja no ano de 1880. 6 - Foto do Google das ruínas da igreja com a imagem de Lutero intacta na frente. 

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

A continência no pódio - Olímpíada Rio 2016


A continência no pódio

O gesto já não é mais novidade, afinal das dez medalhas que o Brasil recebeu na Olimpíada Rio 2016 até hoje, oito foram conquistadas por atletas militares. 
Por conta deste detalhe, a polêmica sobre o valor da premiação está mais em alta do que o valor da conquista em si. 

Povo de autoestima baixa é assim mesmo. Você pode cobrir a alma de ouro, prata e bronze, mas ela não se eleva.

O que me surpreende é que até o momento de esses atletas subirem ao pódio, com excessão deles próprios, em poucos brasileiros, talvez nenhum, havia conhecimento do Programa Atleta de Alto Rendimento - um projeto lançado em parceria entre o Ministério da Defesa e com o Ministério do Esporte, criado em 2008, durante o governo Lula. 

Sim, no governo Lula. Um destaque necessário quando os maiores críticos do valor destas medalhas vêm dos simpatizantes esquerdistas, defensores de governos socialistas, onde os atletas são essencialmente patrocinados pelos governos.

Atletas que se não batem continência no pódio, ajoelham-se, e o que é pior, calam-se diante dos uniformes camuflados de protetores. 

Com ou sem apoio dos militares, o valor é daquele atleta que para estar no pódio teve que treinar muito, que esforço nesse caso, quer dizer disciplina e determinação.

A continência está sendo mais valorizada do que a medalha. Polêmica criada quando, o que todos mais exigem é o apoio do Governo para o esporte brasileiro. Mas se tem militar na parada... então de nada vale.

Continência versus medalhas. O duelo da mediocridade. 
Orgulho da pátria e dos pódios que ganhamos, ainda não foi dessa vez. 
Quando será?

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

A vida sem carro - #CrônicaDeSegunda

Nem todos os desafios a que me proponho eu dou conta de cumprir. Meu compromisso é com a responsabilidade de tentar.

Nestas condições não resisti a sugestão de Guilherme Kuhnen para escrever semanalmente uma coluna no blog chamada "Crônica de Segundas". Mas de segunda o quê?

Perguntei pra ele e respondeu:
- Não sei, respondeu-me, com a irreverência de quem joga o assunto na mesa e diz: "Te vira!"

E surgiram ideias tais como: crônica de segunda categoria? De segunda opção? De segunda vez? De segunda mão? De segunda linha? De segundas-feiras? De segundas intenções?

Hum... e por que não? Com a crônica abaixo apresento a primeira Crônica de Segunda.

EU SEM CARRO



- Mãe, já estás acostumada a viver sem carro?

Aiii! Que raiva que me deu ouvir essa pergunta. Muito irritada, respondi:
- Não. Ninguém acostumada a ter carro quer ficar assim por muito tempo.

Meu problema nunca foi andar a pé. Hoje sim, este é o meu problema. Não tenho carro. Não que tenha sido sempre assim. Comprei meu primeiro, meu segundo, todos os carros que tive. Vender o carro foi uma questão de opção necessária. Embora não tenha sido a mais confortável das opções, foi a mais acertada.

Não vou fazer da minha vida sem carro um drama, aliás essa não é uma característica minha, mas daí a querer fazer graça com a minha cara, não.

Diariamente pego meu fone de ouvido, minha mochila, e saio Joinville afora fazendo minhas atividades. Feitas as opções pelo calçado certo, dias melhores, dias piores, pego o rumo da minha nova vida cheia de graça...

Pelo caminho vou resolvendo, ao menos em pensamentos, todas as minhas questões. A cada esquina largo uma dor, a cada quadra jogo fora uma lembrança que nada mais significa na minha vida. Reflito sem fazer tragédia e não crio mais um problema.

Deveria eu me sentir uma fracassada pela escolha que fiz? Eu não fiz uma escolha - eu fiz uma opção. Sem pretensão de eliminar o carro da minha vida, projeto este tempo como um período, talvez, o necessário para o exorcismo final.

Inverter meus pensamentos tornou-se minha especialidade.

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

QUEM É VOCÊ



Que me sorri
Que me acalma
Que me faz falta
Que me tira o sono
Que me atraí
Que me enerva
Que me beija
Que me desafia
Que me entende
Que me apaixona
Que me deixa triste
Que me seduz
Que me alegra
Que me espera para dormir
Que me acorda
Que me mima
Que me aquece
Que faz chorar
Que me ensina
Que me anima
Que me larga
Que me vê linda
Que me olha
Que me toca
Que me acolhe
Que me faz esperar
Que me faz sentir saudade
Que me afaga a alma
Que me faz viver




quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Radiojornalismo na prática



Radiojornalismo. O jornalista de rádio é aquele que você só ouve, não vê, mas que comunica como se estivesse dentro da sua casa, dentro do seu carro, ou como se estivesse falando só com você, quando a escuta é por meio de seu fone de ouvido.

O jornalismo feito pelo radialista exerce a função de dar o máximo de informação com o menor número possível de palavras, sem omitir o que é importante. A síntese da notícia é a sua arte. Simplicidade, frases curtas e objetivas. A ideia deve sempre estar na primeira frase. É o lead que chama o ouvinte para a notícia. 

Do jornalista de rádio é exigida a capacidade de desenvolver logicamente as ideias e apresentá-las de forma direta e clara.

Simplicidade e concisão dão vivacidade ao discurso jornalístico, necessário para chamar a atenção do ouvinte.

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Me queira por inteira


Não me queira pela metade, preciso ser inteira.
Me queira verdadeira. 
Me queira sincera.
Me queira apaixonada.
Me queria com opiniões, com meus desejos, meus erros, meus vícios e meus encantos.
A poda me definha.
Preciso do sal do mar. Ele me hidrata e me lava dos rancores.
Preciso de viagens. Elas me mostram que aqui é o meu lugar.
Preciso de você. Sem amor eu desintegro.

sábado, 6 de agosto de 2016

Wanderley Cordeiro de Lima no lugar mais alto do pódio Olímpico

Dizem que o acaso não existe. Wanderley Cordeiro de Lima um dos maiores atletas do Brasil, não ficou famoso só por isso. Sua foto correu o mundo quando lhe tiraram a possibilidade de uma medalha de ouro, na Olimpíada de Atenas em 2004.

Hoje, é esta a foto que corre o mundo. Tiraram seu ouro mas não o seu brilho.

O ex maratonista foi bicampeão dos Jogos Pan-americanos, medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004. É o único latino-americano a ganhar a Medalha Pierre de Coubertin. A condecoração foi o reconhecimento do Comitê Olímpico Internacional, ao comportamento exemplar, do atleta, diante do incidente ocorrido à época.

Hoje, na Olimpíada Rio 2016, ele recebeu a honraria de acender a pira olímpica, uma condecoração outorgada pelos deuses do Olimpo.

Wanderley Cordeiro de Lima subiu ao lugar mais alto do pódio Olímpico, não por acaso.

Uma consagração merecidíssima.

Uma noite de estrelas discretamente brilhantes


Fotos detalhadas para acesso do deficiente visual, para saber mais clique no linkFoto do site  de Wanderley Cordeiro de Lima  acendendo a pira olímpica.
Vídeo do Hino Nacional cantado por Paulino da Viola

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

O alcance do telejornalismo





Depois do rádio, a televisão é o meio de comunicação mais utilizado pelo brasileiro, seguida da internet. Um estudo realizado (link) mostra que os usuários de internet passam mais tempo navegando do que os telespectadores passam assistindo a programas na tevê, mas o alcance da televisão é maior que o da web nos lares brasileiros. 

A tevê, vista mais como entretenimento, tem um jornalismo visual e informativo. Seu telejornalismo perde em credibilidade para o jornal impresso, porém chega a lugares que o impresso não alcança. 
Daí a importância e a responsabilidade do jornalista pela notícia transmitida por esse meio. Esta é uma tomada de consciência, uma visão adquirida quando se estuda jornalismo para a televisão. 

Tudo o que é mostrado durante um telejornal, com aparência de que foi feito como num passe mágico na tela, é elaborado com precisão para aquele formato. Na notícia do jornal televisivo não há omissão de fatos, ela é sintetizada.

O SuperLinda registrou uma antena parabólica em moradia de quem não tem saneamento básico mas tem televisão, da mesma maneira como antes todos tinham rádio. Esta é uma faixa da população que não tem acesso a qualquer outro tipo de notícia que não seja pela tevê. 

Uma realidade verdadeiramente brasileira, a olhos vistos de quem passa pela BR-364 na rica região de Mato Grosso.




Fotos detalhadas para acesso do deficiente visual, para saber mais clique no link  São três fotos da mesma casa com zoom aproximado mostrando a antena parabólica em casas de assentamento, feitas com plástico e lona.

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

A autoestima do brasileiro olímpico


Não há como não falar do assunto diante da inevitável realização, prestes a se concretizar, das Olimpíadas no Brasil. O país passa por uma crise de repercussão mundial e é difícil afastar a palavra “pessimismo” do vocabulário da população. Se não pronunciada, ela é sentida. Com a Copa do Mundo ainda entalada na garganta, gastos e desperdícios imensuráveis, a Copa começou e terminou sem brilho e ainda não mostrou a que veio.

E é nesse clima de déjà vu que o Brasil se prepara para assistir ao grande show de abertura das Olimpíadas Rio 2016, no próximo dia cinco. Torcer por atletas brasileiros que, com poucas exceções, não terão chances de medalhas; aplaudir aqueles que por esforço próprio conseguiram índice para participar e não para competir parece muito pouco.

O professor Luis Almeida Marins Filho (link) diz que segundo o Prêmio Nobel de Economia, Professor James Heckmann, "o maior problema do Brasil é a baixa autoestima do brasileiro". O professor exemplifica comparando os brasileiros com os argentinos, americanos e alemães que mesmo não estando satisfeitos com a situação de seus países, nunca reconhecem isso a estrangeiros.

Como se orgulhar de um país que notícia diariamente mortes por dengue, morte por arma, número de assassinatos maior do que de países em guerra, a volta da inflação, filas de doentes sem atendimento nos hospitais, sem emprego, o amargo sentimento da impunidade de nossos governantes? Esse povo, professor James Heckmann, vai ver uma Olimpíada ser realizada no seu país, feita com o dinheiro que o governo diz não ter para construir hospital, creche, escola e moradia. E o senhor vem dizer que "o maior problema do Brasil é a baixa autoestima do brasileiro?" Quem ainda leva a culpa do problema do Brasil é o povo?

Pode parecer um desplante combater a ideia de um Prêmio Nobel de forma tão simplista, mas transmitir conteúdos complexos de maneira simplista é a maneira mais simples de se fazer entender. 

O fato é que o número de brasileiros descontentes com a atual situação política e econômica do país é muito grande. Tão grande ao ponto de perderem o entusiasmo com a maior festa esportiva do mundo. Só sendo "deuses" os criadores do evento olímpico para perdoar os brasileiros por este "sacrilégio". 

Responsabilizar os atletas participantes pelo brilho da competição seria exigir deles mais do que as condições de treino que o país oferece. Diferente dos milionários jogadores de futebol.

Se o Brasil vai ou não fazer uso político do evento, melhor considerar que isso já está feito, portanto que sejam lançadas sobre as cabeças de nossos atletas coroas de ramos de oliveira, símbolo da vitória. 

Que o brasileiro se orgulhe, com ou sem medalhas, dos belos exemplos de superação dos que treinam como que em fundo de quintal e carregam o nome do Brasil no peito. Esses sim são os grandes merecedores de uma grande e olímpica competição.

Fotos detalhadas para acesso do deficiente visual, para saber mais clique no link: 1 - foto com a camiseta do blog superlinda na cor verde, ao fundo a bandeira do Brasil e montagem com o logo das Olímpiadas.