segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Último dia de 2018



Mais uma vez estamos no último dia do ano. Uma ocasião que se repete a todo dia 31 de dezembro. Não deveria, por isso ser considerado apenas mais um dia, que diferente dos outros, marca a mudança do ano?
Infelizmente ele não é tratado  assim de forma tão simples e chega revestido de uma carga, às vezes, pesada. Esse é um dia em que sempre queremos estar felizes e é quando fazemos reflexões e promessas mil.
Mas a verdade é que deveríamos ser felizes em atitudes todos os dias. Se você considerar como bom o aprendizado tirado das experiências negativas, o prazer que é findar um problema, e como positiva a sensação de ter feito o que foi possível, mesmo sem alcançar o seu objetivo ou desejo, garanto que a relação com a felicidade seria outra. 
Mantenha a alma em festa, conte suas histórias hilárias, faça alguém gargalhar. Temos em mente que a cada final de um ano completa-se um ciclo, e naturalmente queremos estar felizes com todas as etapas vencidas.
Mas a vida é uma sequência de etapas. Portanto não se surpreenda com o próximo obstáculo, eles fazem parte da vida. Essa expectativa de felicidade sem problemas para resolver foi criada como alimento, como motivação, porque rejeitamos o sentimento de dor e buscamos só o prazer.
Porém, a felicidade não é um momento, e sim a consequência de nossa forma de viver ou de enfrentar a vida. Você pode até usar a passagem de ano como um dia para relaxar e renovar pedidos, mas nunca para encerrar uma tristeza e nem começar uma felicidade. 
Comemorações fazem parte das festas de ano novo e não o dia de resolver problemas ou se sentir infeliz por eles. O que não deu certo deve ser revisto de maneira tranquila, com o objetivo de identificar as falhas e não de se culpar. 
Permita-se ser feliz independentemente da época. Uma reflexão honesta não é feita no fim de ano, mas em todos os dias. 
Só uma coisa te faz feliz: a honestidade consigo mesmo.
Feliz 2019.











quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Assisti ao filme Um Senhor Estagiário 


Um filme para ser considerado bom, ao menos para mim, precisa entreter e emocionar. Dentro desse conceito "Um Senhor Estagiário” é um deles. Filmado em 2015, mas que só agora assisti, ele é estrelado por Anne Hathaway e Robert de Niro, com roteiro de Nancy Meyers.
No papel de um executivo aposentado, 70 anos e viúvo, Ben Whittaker (Robert De Niro) se sente desmotivado e entediado nesta situação. Em busca de um propósito de vida se inscreve em um programa de estágio voltado para a terceira idade.
Ben, então, começa a praticar na startup online fundada por Jules, interpretada por Anne Hathaway. Rejeitado num primeiro momento, mostra-se ao longo do filme um grande aliado de Jules.
"Um Senhor Estagiário" aborda os conflitos das mulheres no trabalho e na família. Trata também da convivência e empatia na relação de pessoas na faixa dos 70 anos, ainda ativas profissionalmente.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

E assim se passaram 4 anos da Faculdade de Jornalismo

Foto para o convite de formatura

"Como 25 anos passam depressa quando a gente se diverte". Palavras de Ricardo Amorim se referindo ao aniversário do programa Manhattan Conectition.

Final de ano, um período de retrospectivas, e eu aproveito para fazer a minha, referente aos últimos quatro anos que passei cursando a Faculdade de Jornalismo e que ora se encerra. 

Tudo começou quando num comportamento movido pelo impulso, depois de ler em um outdoor o anúncio do último dia de inscrição para o vestibular do Ielusc, decidi fazer a faculdade de jornalismo.  Sem pensar, fiz o requerimento e fui aceita, sem a necessidade fazer a prova classificatória, visto já possuir outra formação em curso superior. 

Isso foi em 2015. Eu tinha 60 anos, e me vi sentada em bancos escolares, entre jovens com idade de 18. No primeiro dia de aula, me dirigi a eles, e pedi que não me chamassem de senhora, não que eu não fosse, ou quisesse me fazer mocinha, mas só isso poderia diminuir o delay que havia entre nós.
 
Era uma noite de calor intenso, próprio do mês de fevereiro em Joinville, quando eu, com a fragilidade de uma criança no primeiro dia de aula, depois de 40 anos longe da escola, fui até a secretaria em busca de informações sobre a sala da 1ªFase de Jornalismo. Lá de dentro saiu uma mulher loira e disse: "estou indo para lá, me acompanhe", prova incontestável de que havia ouvido a pergunta dirigida à secretária.

E eu a segui. No trajeto, como em "conversas de elevador"(1), que mais tarde vim a entender o significado desta expressão, comentamos sobre o calor, as trovoadas de verão e o novo ano letivo que iniciava. Fomos andando e respondi à outra pergunta, agora com evidente intenção de saber quem eu era. Respondi: "sou aluna" quando esta questionou-me se eu era professora. 

Essa mulher era a professora Marília Crispe de Moraes, a mesma que me orientou na monografia, entregue neste mês de dezembro. Posso afirmar que a mesma pessoa que me ensinou a caminhar dentro da faculdade, me mostrou a porta de saída com o diploma na mão. A minha primeira e última professora do curso, será também madrinha de turma na formatura. Pouco importa se isso é coincidência ou não, o fato é que é verdade, e que tantos "acasos", acabou por trazer-me muitos significados.

Apesar de toda a insegurança pela falta de conhecimento do ambiente físico que eu acabara de pisar, este não foi o pior dia de todos os que passei a partir daquele momento. Baixada a euforia inicial, vontade de desistir foi o que não faltou. O primeiro terrorista da minha vida estudantil foi o professor Silvio Melatti e as suas Técnicas de Apuração Jornalística. Jamais conseguiria aprender a entrar nos portais de transparência para pesquisar informações, baixar, fazer raspagens, transpor para tabelas do Excel, fora os cursos online que ele insiste, ainda hoje, que devemos fazer.

Como se isso não bastasse, veio a aula de Planejamento Visual Impresso, inicialmente com a professora Silvia Mendes. Eu me perguntava: "como pode um ser tão frágil, mas, enorme por dentro, me assustar tanto com algo chamado diagramação. Silvia foi substituída ao longo do semestre pela professora Kérley Winques e nada melhorou, muito pelo contrário. A "pessoinha" que assumia a matéria  tinha uma fala mansa, parecia uma criança de tão novinha que era. Mas, não demorou e botou para fora a sua criatura interior horrenda a me judiar com a evolução do visual impresso para o mundo do jornalismo e mídias digitais.

Mas, como dizem "nada é tão ruim que não possa piorar". Tive certeza disso quando na 4ª Fase enfrentei, no tatame do Ielusc, o professor Sandro Galarça e a sua Teoria e Métodos de Pesquisa. Com uma prova e a nota 4  ele me aplicou um Ippon. Machucada, arrumei o quimono e a faixa branca na cintura, e levantei. Passei na matéria, mas tive que suar e não foi pouco. O relacionamento nos semestres seguintes fluíu melhor e terminou, em vista  dos antecedentes, com chave de ouro, na banca de monografia com nota 8.

E isso ainda não é tudo. Ninguém foi mais carrasca do que a professora Beatriz Cavenaghi. Sim, por detrás daquele rostinho lindo, há uma fera ameaçadora te olhando através de uma câmera de televisão. Curiosa por saber como funciona o YouTube, me inscrevi na matéria optativa(2) YouTube - Linguagem e Mercado. Eu só queria saber como funcionava e ela me obrigou, por fazer parte da ementa, a criar um canal naquela plataforma e postar vídeo que nem eu mesma tenho coragem de assistir.  Mas, hoje conheço todos  os meus  tics, as caras e bocas que faço sem perceber, tento corrigir, e sei qual a postura certa para sair bem nas fotos e vídeos.

Entre quedas e tropeços, uma certeza eu tinha: esses 4 anos iriam passar de qualquer jeito, e cada um escolhe como quer enfrentá-los.  Algumas vezes, meus filhos, se fazendo pais,  me disseram: "agora que começou, termina". Momentos de hesitação diante de medos enormes fizeram parte desse dia a dia. O que falar? Como falar? Como vão me interpretar? Eu não podia me indispor com a turma. Quem me aceitaria para fazer os trabalhos em grupo? Poucos viram esses meus momentos de insegurança, mas existiram e não foram poucos. 

Conviver com jovens é revigorante, mas também é vivenciar a enorme diferença que existe entre as gerações. A comparação é inevitável e nem sempre o lado bom é o que você está. Me formei sem tirar notas  brilhantes, mas fui brilhante em atitudes, em responsabilidade, e no enfrentamento dos desafios. Nestes últimos anos querendo mostrar do que eu era capaz, acabei por mostrar a mim mesma do quanto sou capaz.

Tanta responsabilidade, não quer dizer que eu não tenha sido aluna em todos os sentidos e ações que essa palavra envolve. Reclamei de nota, disse que professor "pensa que não temos mais nada para fazer além dos trabalhos dele", desejei que a data de prova fosse postergada, "maldizia" todos os que nos seguravam na aula após as 22h, e nas 6ª feiras...melhor não detalhar.

Olhava no celular escondido atrás do colega da frente, sempre achando que o professor não estava percebendo. Entre outros tantos comportamento de estudante, atire a primeira pedra quem nunca desejou um evento para "matar aula""e sair tão logo passasse a lista de chamada?
Foram quatro anos de uma luta diária, para hoje, eu poder dizer:"Como 4 anos passam depressa quando a gente se diverte".

Agradeço a todos que fizeram parte da "minha turma da faculdade", vocês não tem noção do quanto foram importantes nessa empreitada. Gostaria de dizer algo de especial para cada um vocês. Porém, mesmo com o contato diário, não tive intimidade suficiente com todos para conhecê-los profundamente. Mas deixo aqui alguns registros importantes.

Leticia Demori -  Ela não tem a bola no pé, tem na cabeça, e quer ter nas mãos os microfones para mostrar o poder da mulher comentarista de esporte.

Fernanda Elisa - Uma grande mulher, admiro sua luta em defesa das minorias e questões sociais, pela honestidade com que você lida por aquilo que acredita.

Jéssica - Do "hoje eu vou causar", nome fantástico de seu blog. Não esquecerei a gentileza que teve comigo, desde o início do curso, passando informações de conteúdo sempre que eu precisava.

Lucas - Nos falamos tão pouco, não foi? Mas para quê? Se a gente sempre se entendeu tão bem?

Maria Luiza  - Jornalista  sempre focada em trabalhos e pautas da sua cidade. Você trouxe Garuva para o mundo virtual no Projeto Experimental e na monografia.

Jeferson -  Adoro você debaixo dos caracóis dos seus cabelos.

Sandreli - Obrigada parceira por ter me salvado em uma tarefa de "produtora" de reportagem para TV. 

Bruno  - Minha maior surpresa não foi te ver como estagiário do Nexos, isso foi só a constatação do jornalista que você é. A maior surpresa mesmo,  foi te assistir cantando no coral do Ielusc.

Vanessa - Foi preciso 3 anos e meio para te conhecer, mas quando aconteceu foi para te aplaudir na banca do Projeto Experimental.   

Alex - ainda hoje se mantém quase que exclusivamente no seu grupo, mas reconheço seu valor e educação.

Kaue  - Garoto jornalista dos games, companheiro de projetos e pautas, responsável. Te admiro muito.

Laura - Tivemos pouca aproximação, mas é uma menina daquelas que leva o jornalismo com o "dedo em riste". Saberá, muito bem, aplicar e defendê-lo com ética.

Ana Carolina João - De tímida a moderada, foi amiga e participava dos trabalhos com muita responsabilidade.

Anna Carolina Azedo  - Me fez chorar ao relatar o drama do seu défict de atenção. Senti como mãe, na pele, a sua dor transformada em alegria pela superação.

Taynara - Uma ótima experiência no Primeira Pauta.

Nathália - Me salvou nas primeira aulas de diagramação.

Camila  - Ruiva linda e natural.  Trabalho em prol da cultura.

Leonardo  - Garoto, gentil, educado sempre com uma palavra boa para te dizer e um sorriso a lhe dar.

Thaline - A delicadeza em pessoa de quem mal se ouvia  a voz. Por certo guardou para ao final soltar de forma estridente em tom de vitória.

Nathan  - Só muito respeito de ambas as partes evitou desentendimentos.

Rhaiana - Tão pequenina e tão grande. Nem de longe parece a mulher de personalidade forte que é.

Larissa - Uma doçura de amizade. Nunca ouvi essa menina reclamar de nada, parecia dar conta de todos os trabalhos sem estresse.

Israel - Jornada integral, matéria optativa, pautas e reportagens. Fizemos tudo isso juntos, só a sua formatura foi adiada, por sua opção, por um semestre. Nada tira o valor da amizade construída.

Thuany  - Não trabalhamos bem no radiojornalismo, mas afinal tudo passou.

Carolina -  Mais uma do time das que pouco ou nada falam, se pudesse ficar transparente para não ser vista, ficava. Na banca de monografia, o que se ouvia era um fio de voz, para ao final sair aprovada e muito sorridente.

Sabrina  - Só sei que é de São Francisco do Sul, que é inteligente, pelas vezes que a ouvi em apresentação de trabalhos, é linda, tímida e calada.

Não tenho palavras para as duas colegas que deixei por último:  Fernanda de Lourdes  e Leticia Rieper a equipe #unidasnosformaremos. Queridas, eu não sei o que seria de mim sem vocês na minha pauta diária.

Logo no início da 2ª Fase a Leticia quis desistir, na 5ª foi a vez da Fernanda, e eu...a cada fase. Por mais que a hastag pareça uma brincadeira, foi ela que nos uniu. No íntimo cada uma de nós sabia que esse elo não podia soltar ou o efeito dominó aconteceria. E cá estamos nós formadas e jornalistas.

Nem todos os que começaram em 2015 estão aqui hoje, seguiram outros rumos em busca dos seus objetivos. Mas, para todos, sem exceção, que estiveram nesse meu processo de crescimento pessoal e intelectual, desejo o mundo de felicidades.

Notas: 
1 - "conversas de elevador" tem um sentido de convencimento. As pessoas sempre querem convencer sobre algo. Quando dizemos "Bom dia" num elevador queremos, no mínimo demonstrar que somos educados, gentis.

2 - matéria optativa é um crédito obrigatório exigido pela Faculdade, de horas/aulas dadas nos sábados pela manhã.
Alunos da 1ª Fase em aula de fotojornalismo
Raquel, Leticia e Fernanda com a plaquinha #unidasnosformaremos
Professoras Amanda Miranda, Marília Moraes e Professor Sandro Galarça banca da monografia
Último dia de aula. Alunos, professsor Silvio Melatti e Professora Lívia Vieira
Raquel, Professora Beatriz, Leticia Rieper, GuilhermeKuhnen, Fernanda e Guilherme Devegilli festejando o encerramento das bancas de monografia.
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terça-feira, 20 de novembro de 2018

Mãe, você sempre será o meu ponto luminoso

Zelândia Ramos dos Anjos

Há tempos, minha mãe lendo algo que escrevi sobre ela comentou: “nunca ninguém disse nada tão certo de mim”. Eu ri e respondi: “Pudera, ninguém lhe conhece tão bem quanto eu”. E por isso mesmo, em alguns trechos deste post, eu repito palavras já ditas.

Nasci sua filha, até quando foi necessário mudar de posição. Mesmo que não tenhamos “aberto” esse assunto uma para a outra, em determinado momento, sei que aconteceu essa inversão. Tivemos brigas, impaciências e diferenças para administrar essa nossa relação de mãe e filha.

Mãe não é para ser endeusada, é para ser respeitada por seus erros e acertos.
Mãe não é para ser copiada, é para ser espelhada e tirar o melhor do  seu reflexo.
Mãe não é perfeita, mãe também é filha e somos seres imperfeitos.

Segundo a doutrina espírita, quem escolhe a família em que quer nascer é o espírito que reencarna. O assunto é amplo e pretendo apenas falar sobre o que eu sinto neste momento. _Mãe, se vim como tua filha é porque essa a era minha necessidade ou seria porque só como filha eu poderia ser tua mãe e cuidar-te até o fim?

Hoje, ela faleceu. Aos 86 anos, lúcida, com uma consciência intelectual invejável, dependente dos filhos só naquilo que lhe era conveniente ou por direito adquirido.

Conhecida por alguns como a professora Zelândia, por outros como a poetisa Mila Ramos. Entre os amigos e vizinhos havia uma mescla das duas, e entre nós, era a mãe ou simplesmente a vó e bisa. Porém, definitivamente ela não era a mesma pessoa. Há uma tênue, mas distinta linha entre uma e outra.

Faça suas lembranças voltarem ao passado e você, se a conheceu, a verá andando pelos corredores da escolas e da faculdade de Letras, usando um jaleco branco, falando alto e com a voz firme. Alta, corpo redondo, nariz arrebitado, esguia, elegante e linda com seus olhos verdes estonteantes.

Com o domínio absoluto das palavras ela se escondeu entre as letras, largou nas linhas as suas paixões, encantamentos, alegrias e tristezas. A sua poesia é um desabafo dos seus sentimentos e nela terá seu nome perpetuado.

Como mãe, foi cheia de amor e carinho pelos os filhos. Já, com os netos e bisnetos foi transbordante.

Foi uma vida lidando com uma personalidade forte, fingindo uma independência emocional que não tinha. Por toda a nossa vida, o que não faltou, foram impasses para administrar. Ao final, respeitá-la, fazendo curvas e voltas para desviar os caminhos intransponíveis, por onde ela ainda insistia em querer passar, só com a ajuda de muitos amigos para dar conta. Janete, Rose, Tere, Eugenio, Vone, só Deus para lhes pagar.

Ler, ler e ler era a sua distração. Nesses últimos meses de vida, a melhor conversa era sobre as suas leituras. Lembro da referência que ela fez, sobre Marcel Proust. Prost foi um intelectual francês, escritor de romances e crítico literário. Ele, disse-me ela, afirmava que "o acento é o ponto luminoso da palavra".

Mãe, você é que sempre será o meu ponto luminoso.
  

Vida e obra

De origem humilde, desde cedo viu sua mãe, Emília da Silva Ramos, trabalhar para sustentar a família, em razão da morte prematura de seu pai, José Ramos Martins. Nasceu em Tijucas SC, em 25 de junho de 1932. Tornou-se uma tijucana joinvillense desde quando, muito jovem, veio estudar como aluna interna no Colégio Santos Anjos. Casou-se com Gercy dos Anjos, teve três filhos Roberto, Raquel e Rute, é avó e bisavó.

- Formada em Letras pela Fundação Universidade Regional de Joinville   com especialização em Lingüística pela UFSC.
- Foi professora de 2º Grau e da Univille.
- Ocupou cargos na Secretária de Educação Estadual.
- Foi Diretora da Fundação Cultural de Joinville.
- Responsável pela vinda do Balé Bolshoi, pela primeira vez ao Brasil, quando da apresentação da Abertura do Festival de Dança, em 1996.
  
Escreveu e publicou:

    - Pé de Vento
    - Sete Sumos
    - Na Grande Noite dos Girassóis
    - Terra Nossa de Cada Dia (poe­sias e crônicas)
    - Em Surdina (poesias)
    - Tons e Semitons
    - Maria Sem-vergonha

    E, assinou durante dois anos, a coluna "Crônicas" no jornal Notícias do Dia, onde escrevia sobre a cidade de Joinville, seus personagens e fatos do cotidiano.

    Zelândia Ramos dos Anjos  morreu em Joinville no dia  20 de novembro de  2018
     
    Recorte da folha de jornal com a crônica As velhinhas de corcovas


    Zelândia no casamento com Gercy, na formatura do Colegial e no nascimento do filho Roberto.
    Zelândia na livraria, no jardim e no escritório com a camiseta do SuperLinda
    Fotos de Zelândia
    Mila e capa dos seus livros

    Capa dos livros de Mila Ramos

    domingo, 18 de novembro de 2018

    Assiti ao filme Paris pode esperar

    Os personagens em foto de divulgação
    Anne(Diane Lane) é casada com Michael( Alec Baldwin), um poderoso produtor de Hollywood. Após a participação no Festival de Cinema, em Cannes, Michael, segue para Budapest e Anne vai de carro para Paris,, com Jacques (Arnaud Viard), sócio de Michael.

    No filme, Jacques e Anne formam um casal maduro, lindo e atraente. Eles possuem uma filha de 20 anos, e vivem um casamento levado na “medida do possível” como ela mesma responde a uma pergunta de Jaques. 

    Num casamento de tantos anos os sonhos e anseios já são questionados. Buscar resposta secas e didáticas neste assunto é, também, cair na meismice. Qual relacionamento não se ressente depois de tanto tempo? 

    O filme não é novo, é de 2016, mas foi durante essa semana que li a indicação no perfil do amigo Helio de Aquino e recomendo para quem gosta de filme bom, bonito e leve. 

    Depois de assistir, fui ler algumas críticas, assim como sempre faço para não me deixar influenciar. Entendo que o papel da crítica seja apontar o que tem de ruim e de bom, sem se emocionar, isto resume o que li.

    Não busque fórmulas mágicas, nem solução mirabolante para as questões existenciais levantadas no filme, já que nem na vida nós as temos. Divirta-se com o charme, a graça e a força dos personagens. 

    Preocupe-se em apreciar e sonhar com as paisagens do interior da França, com os queijos, vinhos, chocolates e concentre-se nos detalhes  das lentes de Anne.

    Independentemente do final, faça uma viagem inesquecível. Me vi no filme em vários momentos seduzida pelo vinho, comida, fotografia, paisagem e pela sensualidade
     

    quinta-feira, 15 de novembro de 2018

    Temporariamente fora das redes sociais


    Print das telas do meu perfil no Twitter e Facebook principais redes sociais que uso.

    Atendendo os preceitos que regem a comunicação entre blogueiros e leitores, faço este post para justificar minha ausência.

    Há quatro anos entrei para a Faculdade de Jornalismo, e estando prestes a me formar, preciso de tempo e concentração para encerrar minha monografia. Por este o motivo não estarei atualizando o blog com assiduidade.

    Volto dia 14 de dezembro, dia do meu aniversário e semana, ainda sem data marcada, da apresentação do trabalho para a banca. 
     


    quinta-feira, 8 de novembro de 2018

    Circuito Vale Europeu Catarinense - Uma aventura sobre rodas


    Cristiane diante de uma das placas de indicação do circuito

    O circuito de cicloturismo Vale Europeu tem 330 km de percurso, que começa e termina na cidade de Timbó (SC). Para cumprir este curso, são previstos 7 dias e passa pelos municípios de Pomerode, Indaial, Ascurra, Apiúna, Rodeio, Benedito Novo, Doutor Pedrinho e Rio dos Cedros.

    Projetado dentro da realidade da área rural, predominantemente de estradas de chão, ele é todo sinalizado com placas e setas amarelas indicativas do caminho a ser seguido. Isso o qualifica como "auto guiado", segundo o próprio site.

    Percorrer todo o circuito dá direito a um certificado de conclusão do Cicloturismo Vale Europeu. Para isso os cliclistas devem adquirir um passaporte e parar nos vários pontos indicados para carimbar, apresentando-o ao final. 

    Trecho do circuito em estrada de barro.
    Porém, existe a possibilidade fazer um trecho mais curto, e esta foi a escolha de Cristiane Delboni e seu marido Cristiano Esmeraldino. Recentemente, no feriado de 01 de novembro, eles fizeram 150 km, num grupo de 25 pessoas e com um serviço de apoio que parava a cada 10 km. Como ela mesma explica "em grupo ninguém pedala sozinho, em caso de necessidade um colega pode dar auxílio a outro".

    Mas, Cristiane recomenda fazer reserva antecipada das pousadas, restaurantes e principalmente guias como orientadores. Ela alerta que quem sai sozinho para fazer o trajeto, mesmo com experiência de pedal, conhecendo o percurso que é bem sinalizado, corre o risco de se machucar e não ter a quem pedir socorro. "Porque a pessoa está no meio do nada, são quilômetros e quilômetros entre fazendas sem encontrar ninguém" diz ela.

    Mesmo para quem prefere fazer o passeio sozinho é possível agendar um guia exclusivo, como fez um casal de Brasília que encontrou na estrada. Eles, conheceram o circuito através de revista e televisão, fizeram o treinamento em academia e contrataram um guia para acompanhá-los ao estilo "andar na roda". _ O termo "andar na roda" é uma expressão usada no ciclismo, que consiste em andar muito próximo um do outro como forma de proteger os atletas.


    Para Cristiane, além da prática esportiva, o que vale é a interação, a troca e o sentido de companheirismo que se estabelece entre as pessoas. Conta como exemplo, que foi picada por uma abelha e um colega, que mal havia conhecido, imediatamente pegou folhas de eucalipto, amassou e fez uma compressa sobre a picada até que chegasse no local dos primeiros socorros.

    Curiosamente perguntei se a folha de eucalipto tem efeito terapêutico em picadas de insetos e a fisioterapeuta, de imediato respondeu: "Não sei, vou me informar". E rindo continuou:"Psicologicamente, faz muito bem, porque pedalei o tempo necessário, sem me preocupar com a mão que começava a ficar inchada". 

    Mas, as trocas não ficam só nisso. Em determinada, altura, seu marido Cristiano, cansado, decidiu, fazer um trecho com a van. Coincidentemente outro parceiro do pedal, teve que parar porque quebrou a bicicleta. Como, só quem é ciclista entende o que significa sair para pedalar e ter a bicicleta quebrada, ofereceu, sem pestanejar, a sua para aquele companheiro.

    Ter o serviço de apoio, serviu também quando Cristiane e outras 6 pessoas preferiram fazer um determinado trecho na caminhonete, para se protegerem do vento que  arremessava galhos de pinheiros  na estrada.

    Durante o trajeto, desfruta-se os melhores atrativos da região, como cachoeiras, arquitetura colonial e a natureza, por entre estradas bonitas e tranquilas. Mais próximo das pousadas, a vida em torno da represa, depara-se com casas de alto padrão, piers de frente para o lago, jet ski, lanchas, stand up, canoas para pescar. "Parecia um mundo a parte na vida ao ar livre". 
    Vista da represa
    Foram três dias pedalando cerca de 40 a 50 km por dia. Em horas, isso representa uma média de 7 horas/dia, "com rápidas paradas, para lanche e almoço, porque o corpo não pode esfriar" explica a ciclista.  

    Para o descanso da noite, a escolha foi a Pousada Duwe e Pousada das Palmeiras em frente as barragens.  Elas oferecem quarto individual, casal e coletivo, tipo hostel. Tudo ao estilo alemão e italiano, típico da colonização local, identificado sem margem de erro pelo sotaque carregado dos donos e trabalhadores locais. 
    Pousada Duwe
    Voltados ao cicloturismo, a maior preocupação desses serviços são as necessidades dos ciclistas. Para tanto pedem sugestões, conversam, interagem em busca do que cada um precisa. Do farto café da manhã, na Pousada Palmeiras, por exemplo, é permitido ao hospede servir-se de lanche extra para levar no caminho a enfrentar. "Isto é um diferencial" comenta a pedalante.
    Na chegada, disponibilizam local com ducha para lavar as bikes, secadora de roupas de uso comunitário. Em volta desse serviço, os viajantes sobre rodas, formam uma verdadeira reunião, enquanto aguardam o jantar, onde o assunto é um só: bicicleta. 

    _Qual o trecho foi mais difícil, em que momento sentiu cansaço, se o freio ou a marcha da bicicleta falhou. Falam todos ao mesmo tempo, conta a ciclista, ainda entusiasmada, e acrescenta: "exaustos e com a adrenalina no top, na maior sintonia e alegria". 

    Mesmo com tudo isso, observa ela, "é preciso crescer mais para atender o turista e falta melhorar a estrutura". Um fato causou, se não decepção, no mínimo uma certa estranheza, à Cristiane. "Nesse ambiente criado para ciclistas, não havia ninguém pedalando naquelas estradas, além do nosso grupo e do casal brasiliense". 

    Um dos motivos, apontados, pode ter sido o clima chuvoso daquele dia e o outro, o tamanho do percurso. É necessário se programar com antecedência, têm que coincidir com um feriado ou com época de  férias e quando chega o dia, não podemos nos dar o luxo de não ir "só porque esta chovendo" diz ela, bem humorada.
     
    A cidade de Timbó é linda, é movimentada por esse turismo, as lojas comerciais estavam abertas no domingo e  com muitas pessoas caminhando nas ruas, fala com empolgação. Há muitos motivos para querer voltar. O circuito oferece outras atividades como descer de tirolesa,  banhos de cachoeira, e até Hotel 5 estrelas, para passar fins de semana, em Rio dos Cedros, na mesma região.. 

    Porém, no caso de Cristiane, além desses motivos, ela confessou que não conseguiu subir um dos trechos de pedras soltas, e o fez a pé empurrando a bicicleta. Sem desanimar, ela faz desta experiência um desafio para  treinar mais, se preparar e  então voltar para subir, agora sem descer da bicicleta.

    Cristiane em frente à uma peque na igreja da estrada
    Cristiane com a camiseta do blog diante da Cachoeira Véu de Noiva
    Cachoeira Véu de Noiva
    Trecho de estrada de asfalto com flores do campo amarela nas encostas

    Cristiano e Cristiane
    Kna Alemão e Cris Amigos que fazem do SuperLinda também um blog de viagem

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    terça-feira, 6 de novembro de 2018

    8 anos do blog SuperLinda



    Hoje faz 8 anos que publiquei o texto acima, o primeiro post do SuperLinda.

    Quando leio os posts antigos tenho ímpetos em corrigi-los, por encontrar erros, para melhorar a construção da frase e até por pensar que "não era isso que eu queria dizer".

    Mas, me contenho. Eles foram escritos com aquele formato, do jeito que estão, contam uma história, uma passagem e a realidade daquele momento.

    São eventos que vêm de encontro com o que li sobre o significado do número oito. Dessa forma, me convenci, ainda mais, em deixar o tempo contar a história deste blog, pois é com os erros que crescemos.

    Significado do número e da simbologia do 8
    "Seu caminho mostra como ele", o regido por este número, "se dedicou e se transformou para chegar até o topo da montanha para adquirir seu prestígio movido à pura ambição. É símbolo de luta, dos enfrentamentos, da guerra pessoal, mas sempre dotados de muita justiça, honestidade, senso ético e moral. O 8 simboliza também o renascimento, a renovação, a regeneração e a vitória pessoal através do enriquecimento".

    Que toda ambição e enriquecimento continue em forma de conhecimento, senso ético e moral.


    Reflexo
    "Sou o reflexo dos meus erros
    A imagem dos meus acertos"... frase da página Valdivino V.S. Júnior