sábado, 22 de fevereiro de 2020

Tijucas é a dona dos meus carnavais.

Montagem de duas fotos de carnaval em Tijucas. Em cima a turma dos meus pais anos 40/50 e embaixo a minha turma dos anos 70.

Não passei todos os meus carnavais em Tijucas - SC, mas minhas melhores lembranças são dos que brinquei no Tijucas Clube.

Escrevo "brinquei" porque no meu tempo a gente brincava o carnaval. Tudo mudou e tudo tem a sua época. Os jovens de hoje, um dia também dirão: _Ah!!! Antigamente é que era bom!

Quando alguém com mais de sessenta anos, assim como eu, relembra do carnaval de sua época, é retrucado de imediato por um neto, um filho ou sobrinho, se referindo a nós como saudosistas, fora da casinha, desatualizados, entre outros adjetivos, quase sempre, pouco elogiosos. 

Não quero criticar ninguém, nem me defender. Quero apenas recordar. Olho essas fotos e vejo minha mãe com lança-perfume na mão. Normal. Como era bom sentir o geladinho, puro éter, quando vaporizado nas nossas costas. Passou a ser problema quando alguém resolveu cheirar e gostar da sensação de excitação e alegria deflagrada com um “tuimmmm” na cabeça, porém, de graves consequências para o organismo.

Em outra, vejo meu pai brincando com o garçom do clube, numa intimidade de quem se conhece de muitos carnavais. Com esta imagem, volto lá nos idos de 70 e vejo este homem, nítido na minha memória, a servir as bebidas numa enorme bandeja de alumínio, chamando a todos pelo nome. Eu, infelizmente, passados tantos anos, já não lembro mais o dele.

Não quero a volta da lança-perfume, nem os tempos de outrora, vivo bem e feliz os meus atuais carnavais, esteja eu onde estiver. Mas gosto de lembrar daquilo que nós “das antigas”, chamamos de verdadeiro carnaval, simplesmente porque foram bons. 

A vida é feita de memórias. Meus carnavais eram assim: à fantasia. Tenho a pretensão de dizer que sou de família de tradição real nos carnavais de Tijucas. Sim, fomos rainhas. Eu e a minha mãe Zelândia. Trago neste post as minhas lembranças daquelas festas com confete, serpentina e muitas marchinhas cantadas por todos, sem a intenção de ofender ninguém. 

Mostro fotos, feitas pelo "Careca" do Foto Modelo, dos meus pais e seus amigos, dos meus amigos, da minha infância, dos reis e rainhas desta folia de salão entre pessoas que fizeram parte da minha história. A marca da fita durex, deixada propositadamente, é prova contundente do período e de que estavam todas nos antigos e conhecidos Ábuns de Fotografia.

É hora de recordar. Marque você, marque quem você conhece. Conte suas lembranças nos comentários.


Alexandre d'Ivanenko, Lélia Bayer, Raquel e Ilton Adriani no Tijucas Clube
Raquel com fantasia de baiana e Ilton com roupas de rei momo, no Clube XV de Novembro, em Tijucas.
Raquel com fantasia de baiana e Roberto Ramos dos Anjos, meu irmão, de bermuda camiseta e quepe da marinha.
Raquel,10 anos, com fantasia de havaiana e um amigo de bermuda branca e camiseta listrada no baile infantil do Tijucas Clube.
Raquel, 15 anos, de vestido estampado, coroada rainha do carnaval, ao lado do ator Roberval Rocha no Tijucas Clube.
Raquel, 3 anos, com fantasia de haviana e Roberto, 5 anos, fantasiado de marinheiro.
Roberto vestido de pirata e Raquel de baiana, carnaval infantil no Tijucas Clube.
Roberto vestido de cowboy e Raquel vestida de cigana, carnaval infantil no Tijucas Clube.
Meus pais e um senhor que trabalhava como garçon no clube.
Zelândia, Bela, Cazeca, um casal e Gercy.
 Evaldo Gevaerd, Gercy e Zelândia,  Raoul Bayer Laus (Lilico), Álvaro Ávila da Silva (Álvaro do Petronilho).
Alvaro "do Petronilho" e esposa, Wilson Lemos e D.Cacilda, Gercy e Zelândia, Zezinho Galotti e esposa, Zé Cherem e D. Alba, usando fantasia de pierot&colombina.

Seu blog dá acesso ao deficiente visual?    Fotos legendas para acessibilidade do deficiente visual. #pracegover Fotos em preto e branco.

domingo, 16 de fevereiro de 2020

“Ora-pro-nóbis" vale por um bifinho.


Canteiro de ora-pro-nóbis na areia da praia

Dizem que onde planta, nasce. É só fincar na terra. Não é de duvidar. Conheci esta planta, muito viva e bela, brotada da areia da praia, em frente ao mar, sem nenhum cuidado especial.

Um dos moradores do lugar me disse que não sabe quem plantou. "Talvez", falou ele: "alguém, sem saber do que se tratava, jogou aqui no mato e ela nasceu". E continuou contando a popular história desta planta: "os antigos colhiam as folhas do quintal de uma igreja, no momento em que, lá de fora, ouviam o padre rezar repetidamente 'Ora-pro-nóbis' e assim ficou conhecida com esse nome".

A lenda de tão contada e recontada, hoje é tida como história: _Dizem que o fato remonta ao ano de 1700,  na vila de São José, interior de Minas Gerais. A planta de caule espinhoso servia de cerca viva para proteger a Matriz de Santo Antonio, a segunda igreja de ouro do Brasil. 

Um menino, por ordem de sua mãe, todos os domingos aguardava o final de missa matinal, quando o padre fazia um canto longo e em latim, ao qual os fiéis respondiam em coro: "Ora-pro-nóbis". Neste momento, a mãe dizia: "corre, antes que o padre perceba".

O momento a que se refere a história, acontece nos finais da cerimônia religiosa chamada Ladainha de Todos os Santos.  Nesta oração todos os santos e santas de Deus são invocados pelo padre e a resposta "Ora-pro-nóbis" é repetida, várias vezes, por todos. A associação da oração ao "roubo" da folha fez a planta receber esse curioso nome que significa “rogai-por-nós”.

Tudo é verdade, inclusive que o seu verdadeiro nome é Pereskia aculeata, um tipo de cacto originário das Américas. Se dá bem em terras secas, no sertão mineiro e nordestino. Tem alto valor nutricional, rica em proteína. Serve para complementar qualquer prato: caldos, sopas, saladas, arroz, omeletes, tortas e refogados e até como mistura em farinha para pães. 

É provável que você já faça uso deste alimento, ou já tenha se deparado com o(a) ora-pro-nóbis em muitos lugares, mas assim como eu não conhecia as suas propriedades. Leia mais sobre o assunto no site AtivoSaúde.

Agora, tenho o meu vaso, graças ao amigo Vadinho, da praia de Perequê, em Porto Belo (SC). Estou aqui rogando “ora-pro-nóbis” para que ela venha bela e forte.

Foto aproximada de uma folha de ora-pro-nóbis
Talo da planta para colocar no vaso
Vaso de muda da planta
Vaso branco com a muda de ora-pro-nóbis replantada.


Seu blog dá acesso ao deficiente visual?    Fotos legendas para acessibilidade do deficiente visual. #pracegover


domingo, 9 de fevereiro de 2020

108ª Flag para o SuperLinda - Andorra






O SuperLinda recebe a 108ª Flag de Andorra. Um pequeno país situado entre a Espanha e a França, com uma população de 72 mil habitantes.

De construções de arquitetura medieval, Andorrra tem a característica de ser um paraíso fiscal, e é uma estação de esqui das mais badaladas da região.

E não só por isso é considerado um país diferente, mas, também, por ser governado por um bispo espanhol e pelo presidente da França, sendo que ambos têm o título de príncipe no país.

O idioma oficial é o catalão e a economia baseada no comércio e no turismo. Cerca de 10 milhões pessoas, anualmente, visitam o país atraídos pelos resorts, seja em temporada de inverno ou verão, e em busca do comércio de preços baixos que se equivalem aos das lojas de duty free.

Link da imagem
 
link da imagem






Seu blog dá acesso ao deficiente visual?    Fotos legendas para acessibilidade do deficiente visual. #pracegover

domingo, 2 de fevereiro de 2020

O poder da rosa


Roseiras com algumas flores em tons de rosa que não foram atacadas pelas formigas

Quem pode com as formigas? _ Só matando _ diriam os antigos. Hoje, são vários os registros na internet que ensinam como proteger as plantas dos ataques, sem dó, que as formigas fazem nos canteiros de árvores e flores.

Porém nenhuma sofre mais do que as belas roseiras. Em uma viagem a Mendoza, na Argentina, o guia turístico informou que o arbusto, da mais bela flor de nossos jardins, é usado para identificar a presença de formigas próximas aos canteiros de uva.

Com este objetivo, plantam mudas de roseiras ao longo dos vinhedos. Em caso de ataque, elas são detectadas pelo avanço feroz que fazem às roseiras, dando tempo de serem eliminadas antes de alcançarem a videira.

Na briga entre formigas e roseiras, um caso chamou a atenção de um morador que reside em Joinville. Contou-me que na calçada do prédio em que mora, há vários canteiros de rosas plantados dentro de tubos de cimento. 

Todos floriram, sendo que um deles foi atacado pelas temíveis formigas, definhando toda a planta. Um verdadeiro extermínio das rosas, das folhas, comeram o caule e carregaram até seus espinhos. 

Para onde levaram, para onde as formigas foram depois de destruir o vaso, ninguém sabe. Em se tratando de "canteiro de rua" na base do cada um se vira como pode, por milagre, as roseiras vizinhas não foram atacadas e se mantiveram vivas, lindas e felizes.

O surpreendente nesta história é que a roseira destruída sobreviveu. E sobreviveu de forma como seu predador jamais poderia imaginar. De repente, o meu amigo, dono desta história, se deparou com um arbusto mais viçoso, mais florido do que era antes, e agora mais bonito do que as suas parceiras da rua.

É milagre, é natural, ou é sobrevivência mesmo? 
Quantas vezes temos que ser destruídos para voltarmos mais fortes e belos? Que tenhamos todos a força e o poder das roseiras para recomeçar.

Roseira que florida após ataque das formigas.
Roseira florida em tons de rosa
Seu blog dá acesso ao deficiente visual?    Fotos legendas para acessibilidade do deficiente visual. #pracegover