segunda-feira, 12 de junho de 2017

Dia dos Namorados para quem?




Quem não é mãe festeja o Dia das Mães porque é filho ou filha; assim é também no Dia dos Pais. Mas Dia dos Namorados não tem jeito, não. Você só comemora se tiver o seu par.

Há alguns anos que não comemoro este dia. Não que não tenha tido namorados, mas justo nos 12 de junho o meu status de relacionamento tem sido "em stand-by". E este não será um motivo para fazer drama. Não tenho esse perfil.

Porém, sinto um certo preconceito, um ar de superioridade, daqueles que têm namorado sobre os que não têm, seja em situação passageira ou permanente. Uma leve sensação, opinativa, de que nós, os sem namorados, não somos felizes, realizados ou capazes de ter um parceiro. Muito pior, creia-me, é um Dia dos Namorados de quem tem alguém ao seu lado sem senti-lo. 

Eu, e só por mim mesma, falo que ter um namorado é das melhores coisas que existe. Sou do tipo que gosto de carícias, afagos, beijo na boca, filme e pipoca, pinhão e vinho, mãos dadas e acordar de penas enroscadas - olha a propaganda aí... rs

Porém, só quem já viveu um relacionamento, e independente do motivo voltou a viver sozinha, tem a possibilidade de saber, conhecer e entender, que a vida de solteira tem as suas vantagens.

Hoje, penso como eu poderia ser feliz sem as experiências que tenho vivido, conhecido tantos lugares e pessoas, não fosse a minha "solteirisse". Certo, também, é que outras tantas oportunidades me foram tiradas, porém como não as vivi, não há como considerar.

Quero, busco e anseio por voltar a comemorar o Dia dos Namorados com alguém, que acima de tudo, traga a paz para o meu coração e não apenas para ser feliz por um dia. 

Sou, também, do tipo que gosto de sentir todo dia o Dia dos Namorados. Das contradições que encontrei na vida: "experenciando" o desamor, me descobri uma romântica incorrigível. E não quero mudar.

 “Que o teu silêncio me fale cada vez mais... Porque metade de mim é amor… e a outra metade... também.”




8 comentários:

Helio disse...

Show

Raquel Ramos disse...

Oi meu grande amigo/leitor. Obrigada!

Unknown disse...

Adorei, Raquel. É isso mesmo. Bjo

Andréa von Linsingen disse...

Raquel,você tocou num ponto que só percebi neste ano (e olha que já se foram 53 sem percebê-lo!!): o ar de superioridade de quem tem um parceiro (a).
Ao perambular pelo facebook neste último "dia os namorados" observei os últimos estertores de casamentos arruinados e de relacionamentos "por um fio", com as lindas frases: "não vivo sem você" ou "você é o amor da minha vida".
Claro que lá estão também os casais plenos e felizes! E "benza Deus" que assim continuem!!
Mas meu pensamento foi que, casais que estão à beira do abismo amoroso querendo mostrar ao mundo uma felicidade e completude inexistentes não são superiores ou algo parecido, são apenas infelizes. Perceptivelmente infelizes.
E este é um dos lados ruins das redes sociais. A exposição das infelicidades possíveis, que já alcançamos, nos rememorando. E talvez seja por isso que tenhamos a impressão de superioridade dos que hoje estão com parceiros.
Não é superioridade.
É felicidade ou infelicidade.
E torço para que todos sejam plenos, com ou sem seus parceiros nesta jornada.
Beijão Raquel!

Raquel Ramos disse...

Oi. Simone! Que bom te ver por aqui. É quando sinto que disse à alguém aquilo que ela queria ouvir. Um grande abraço. Bjo.

Raquel Ramos disse...

Só não posso esconder de mim mesma os meus sentimentos e assumi-los perante as pessoas tem me feito mais feliz. Me sinto mais leve...
Algo como, adiante eu dizer que sou mais feliz sozinha? Não. Mas por outro lado, vivi experiências e sentimentos maravilhosos que não teria vivido em outra situação. Beijos.

Luma Rosa disse...

Oi, Raquel!
Vale dizer que "Só sentimos falta daquilo que tivemos uma dia" e que estar sem namorado no dia dos namorados não é abençoado se os casais não se amam realmente. Aliás, pura perda de tempo e saúde estar com alguém somente por estar. Estar sem namorar abre possibilidades, como mencionou e, também elevam as chances de viver novamente o amor. Coisa que não dá para realizar tendo alguém "mais ou menos" do lado!
Beijus,

Raquel Ramos disse...

Oi LUMA, desculpe te deixar sem resposta. Que prazer te aqui. Grande abraço!!!