terça-feira, 16 de junho de 2020

A Coluna da Peste em Viena, um déjà-vu.



A Coluna da Peste, construída como símbolo da erradicação da grande epidemia que assolou Viena em 1670, está sendo usada para pedidos de fé e esperança da pandemia do coronavírus, conforme noticiou o Euro News.

Viena foi uma das cidades que mais me surpreendeu, depois de Berlin, pela imponência das construções, avenidas e monumentos. E foi caminhando por suas ruas que me deparei com este marco grandioso dedicado à Santíssima Trindade.

A coluna levantada no século XVII, em estilo barroco, a mando do Imperador Leopoldo I, está localizada na Grabe. Uma zona de pedestres, da época dos antigos romanos, no centro histórico da capital austríaca.

Confesso que senti um certo desconforto quando soube de algo tão lindo feito para lembrar uma peste. Embora o sentido seja o de representar a vitória sobre o mal, ainda assim, foi inquietante. Mas o que se aprende com tudo isso é que epidemias marcam a vida do ser humano ao longo de toda a história, com consequências sociais e econômicas, sem solução até os tempos de hoje.

Parece que doenças e pestes continuam ameaçando o mundo, agindo a seu "bel prazer" sobre a humanidade, sem que a ciência se dê conta ou dê conta delas. A diferença é que se antes as homenagens às vítimas eram imortalizadas por monumentos, hoje são feitas com discursos políticos e permanecem na história para serem reprisadas em retrospectivas digitais.

O comportamento dos vienenses em transformar a Coluna da Peste em local de peregrinação é a perfeita associação de algo já vivido antes. Um déjà-vu real.



Descrição da coluna vista na foto:

  • Pedestal reservado aos homens.

  • Anjos como mediador entre Deus e os homens.

  • No nível mais alto a Santíssima Trindade.

  • A face oeste é dedicada a Deus pai e tem uma água de duas cabeças, o brasão de armas do Santo Império Romano, os brasões dos austríacos Inner terras, os ducados de Styria, Carinthia e Carniola.

  • A face leste é associado com o Filho de Deus e assume os brasões dos reinos da Hungria, Croácia, Dalmácia e Bósnia.

  • A face norte, pertence ao Espírito Santo, está decorado com os bras˜pes de armas do Reino de Bohemia, a Margraviate de Alta Lusacia e Baixa Silésia, bem como o Ducado da Silésia.

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2 comentários:

Helio disse...

Bem interessante .

Raquel Ramos disse...

Obrigada, Helinho. Parece cíclico.