quarta-feira, 1 de março de 2017

O SuperLinda no Beco do Batman


O mais polêmico assunto da atual gestão do Governo da cidade de São Paulo está nas ruas. Mais precisamente, nas paredes. O novo prefeito tem pintado muros e sumido com pichações e grafites. A despeito de ações governamentais o SuperLinda visitou um grafite - nome dado às inscrições feitas em paredes - que segue vivo. A discussão é atual, mas se fizermos um tour pela história da humanidade lembraremos que essa é a mais remota forma de comunicação do homem. As marcas nas paredes datam à idade da pedra.

Na era moderna, as primeiras manifestações aconteceram por volta dos anos 70, ainda como simples rabiscos feitos por jovens nos muros de Nova York. E, nesse caso, vale aqui também um registro da bobagem que é a tal reivindicação da apropriação cultural. Graças a essa, copiada dos americanos, hoje existe o Beco do Batman. 

O beco, assim chamado, é uma travessa localizado no bairro Vila Madalena, em São Paulo, na rua Gonçalo Afonso, um dos maiores pontos turísticos da cidade.

Tudo começou quando em 1980 um dos muros amanheceu pintado com a figura do Homem Morcego das histórias de quadrinhos, o que deu origem ao nome "Beco do Batman". O desenho chamou atenção de estudantes e artistas plásticos que passaram a pintar outros muros até cobrirem todos os espaços vazios.

Essa, que é tida como uma galeria de arte a céu aberto, mantém seu "acervo" artístico  dinâmico. Ele é sempre renovado por  desenhos e artistas que disputam  um espaço na área mais valorizada por grafiteiros em São Paulo. Na pequena e estreita rua só é permitido andar a pé. A via recebeu iluminação nova da Prefeitura e é cuidada por  moradores da própria rua, que zelam pela conservação do local. 

O problema do grafite, citado no início do texto, está  na diferença entre o que arte e o que é vandalismo. 

O que o SuperLinda viu foi pura arte.














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