segunda-feira, 5 de março de 2018

DIA DA MULHER DESDE 1975




O Dia Internacional da Mulher foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas), em 1975, como forma de reconhecimento e valorização dos direitos das mulheres. Enquanto a ONU celebra e toma para si as glórias das conquistas sociais, políticas e econômicas femininas, são os homens que continuam ocupando os principais cargos na hierarquia daquela organização.

A luta pela igualdade teve início muito antes de 1975. O marco histórico foi a Revolução Industrial, no século 18, quando a mulher entrou para o mercado de trabalho.  Cada vez mais ela determina o seu lugar na sociedade, mas ainda assim segue em situação de desigualdade. Continuam sendo as maiores vítimas de violência física e verbal, preconceito, discriminação, opressão e desigualdade salarial.

Uma questão cultural, social, biológica? Ninguém responde com exatidão, mas é notório que a soberania masculina prevalece.

Ela prevalece, inclusive entre as próprias mulheres, como se houvesse dentro de cada uma um olhar masculino querendo ser superior muito mais a outra mulher, do que ao homem. Aceitam o melhor desempenho profissional de seu amigo homem, mas não aceitam o da sua amiga mulher. Neste caso, a disputa é acirrada com golpes baixos, a competição se dá com puxadas de tapete e não se constrangem em difamar.

O valor do homem, ou da mulher, talvez, passa por diferentes critérios no julgamento da sociedade.  Um exemplo recente é o processo de transformação que ocorreu com Fátima Bernardes.

A jornalista foi casada com Willian Bonner, recebeu duras criticadas em atuações quando das coberturas de Copas do Mundo,  e mais ainda à frente do Programa Encontros da Rede Globo. Famosa por estar na bancada do Jornal Nacional, durante 14 anos, ao lado do ex marido, apresentadora do Fantástico e dona de vários prêmios de "Melhores do Ano" no Programa do Faustão. Sua capacidade profissional não foi suficiente para fazê-la estourar nas redes sociais. No entanto, hastags de "poderosa", "empoderamento" "superação" e tantos outros rasgados elogios à sua beleza, bombaram, no último carnaval, depois de aparecer, magra, cabelo liso e consagrada por estar namorando um homem 20 anos mais moço.

A cada dia elas ocupam diferentes espaços no mercado de trabalho e em todas dimensões da sua própria vida, ainda assim, é atribuído ao homem o poder de transformação da felicidade e beleza da mulher.


Dia de qual mulher, é esse aí que tanto proclamam?

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