Mariliz Pereira Jorge, jornalista, em sua coluna na folha.uol, do dia 15/03/2018, faz uma análise sobre "O prazer que sentimos em humilhar os outros". Descreve o poder que domina as pessoas atrás de um computador, a capacidade de dizer tudo o que querem e assim satisfazer seu sentimento de vingança. "Arruinamos vidas com comentários, likes e memes". O mais interessante é perceber, o quanto contribuímos para o linchamento. Assim ela inicia a abordagem.
O exemplo dado por ela para argumentar seu raciocínio nada tem a ver com a gravidade do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, porém o comportamento das pessoas nas redes sociais, sim. São reflexões que sugerem o atual estado ditatorial que vivemos no Brasil de hoje:
_Marielle, por dizer o que pensava, morreu.
_Desembargadora. por dizer o que pensava, está sendo apedrejada em praça virtual.
Isto é ou não uma ditadura? Uma ditadura de pensamentos, onde o poder está centralizado no povo, que não admite divergência de ideias, com o autoritarismo instalado para punir quem não segue as suas regras?
Violenta, como toda ditadura, ela cala vozes, com a morte, no caso de Marielle ou com ameaça de repressão imposto à Desembargadora, que pouco importa qual nome tenha. Afinal explorar seu cargo é mais importante.
Diz a Constituição Brasileira de 1988, no art 1 - parágrafo único "O poder emana do povo". E é este mesmo povo brasileiro, livre da ditadura militar, onde está se concentrando o poder de ditador e que não admite oposição. Vivemos uma ditadura severa, rígida e com requintes de crueldade, piores do que as estabelecidas pelos governos oficiais.
A ditadura do povo. Sem nome, sem endereço, que mata e pune quem expõem seus pensamentos.
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