 |
Com a camiseta SuperLinda no Parque do Lago |
A distância entre
Curitiba e Campo Mourão é de 450km. Sua população, segundo o
IBGE em 2018, se aproximava dos 95 mil habitantes. Não é uma cidade
classificada como turística, mas ela está no principal entroncamento rodoviário, com
grande fluxo de veículos, para quem vai com destino a Foz do Iguaçu, Mato Grosso,
Paraguai e Argentina.
Nem por um motivo, nem
por outro, mas conheci Campo Mourão e me digo surpreendida. É
preciso um olhar atento para as suas belezas. Enxergar no pó
vermelho das calçadas a fertilidade do solo que sustenta a sua
atividade agrícola, é uma delas. Rica no plantio de soja e milho é
sede da maior cooperativa do Brasil e a terceira maior do mundo: a
Coamo.
Encontrei uma cidade de
avenidas largas, intercaladas por rotatórias e sem semáfaros. No
passeio a pé, me dei conta de que é preciso ter cuidado e atenção
para fazer a travessia. Porém, essa atenção é de todos os que dividem as ruas e calçadas. Pedestre olha e espera a sua vez, e
veículos param para dar passagem. Uma convivência humanizada e
civilizada. Sem atropelos, sem freiadas bruscas, sem buzinas ou
estresse.
Pelas ruas, chama a atenção a quantidade de folhas secas no chão. Não
podia ser diferente com tantas árvores para amenizar o calor da
cidade. É bom observar que isto não é sujeira. São folhas que
caem e em sendo de plátanos, me encantam ainda mais.
Na praça central está a
Catedral São José. Em poucas cidades vi uma praça tão grande,
tão arborizada e tão limpa. De frente para a mesma praça, de nome Getúlio Vargas, está a Biblioteca Pública
Municipal Professor Egydio Martello. A cidade possui também a
Academia Mourãense de Letras, o que vem demonstrar o grau de cultura
de seus habitantes. Há quatro instituições de ensino superior,
além de um Teatro Municipal, com cursos e espaço para exposições gratuítas.
Ao lado da Catedral, o
Museu Municipal Deolindo Mendes Pereira conta a história desde
quando esta se chamava Campos do Mourão até os tempos atuais. O Museu
foi composto com “fotos, relatos, depoimentos de familiares que
através de testemunhos, se reuniam semanalmente e assim
reconstituíram os fatos históricos e os personagens da cidade”,
contou Hilda, funcionária do Museu. Residente há apenas 10 anos na
cidade, ela se mostrou uma ardorosa defensora do povo hospitaleiro e
trabalhador que lá habita.
Sem dúvida o maior
local de encontro informal do campomourense é o Parque Estadual do Lago Azul.
Lugar de atividade esportiva, encontro de amigos por entre florestas
de araucária e mata virgem, quase que no centro da cidade. O parque tem duas
trilhas, sendo a que contorna o lago, a mais utilizada. A sua
volta, é possível se deparar com cachoeira feita da barragem de água
do lago e o campo livre como habitat natural de capivaras.
Não é possível falar de Campo Mourão sem citar o "Carneiro no Buraco". Uma iguaria da culinária local. Não comi, mas já tenho um grande motivo para voltar à cidade.
 |
Frente da Catedral São José |
 |
Praça Getúlio Vargas com a Catedral aos fundos |
 |
Quiosque da praça, árvores e as quatro torres da Catedral |
 |
Rua central coberta por árvores formando um túnel. |
 |
Painel e fachada do Museu em cores preto e branco |
 |
Acervo de telas de artistas paranaense doados pelo Banco Itaú ao Museu. |
 |
Utensílios indígenas encontrados na região e em exposição no museu. |
 |
Fogão de lenha, guarda louça, fotos de moradia dos pioneiros da cidade |
 |
Foto de personagens da cidade, incluindo a da primeira professora e objetos escolares: estojo de madeira, caneta tinteiro da década de 40. |
 |
Concha acústica para shows e músicos no Parque do Lago. |
 |
Trilha do parque com folhas de plátanos no chão. |
 |
Cachoeira formada pela barragem do lago |
 |
Vista panorâmica do anoitecer, luzes amarelas e as capivaras em volta do lago. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário