quinta-feira, 2 de maio de 2019

O SuperLinda pelo Brasil afora - Campo Mourão PR


Com a camiseta SuperLinda no Parque do Lago
A distância entre Curitiba e Campo Mourão é de 450km. Sua população, segundo o IBGE em 2018, se aproximava dos 95 mil habitantes. Não é uma cidade classificada como turística, mas ela está no principal entroncamento rodoviário, com grande fluxo de veículos, para quem vai com destino a Foz do Iguaçu, Mato Grosso, Paraguai e Argentina.

Nem por um motivo, nem por outro, mas conheci Campo Mourão e me digo surpreendida. É preciso um olhar atento para as suas belezas. Enxergar no pó vermelho das calçadas a fertilidade do solo que sustenta a sua atividade agrícola, é uma delas. Rica no plantio de soja e milho é sede da maior cooperativa do Brasil e a terceira maior do mundo: a Coamo.

Encontrei uma cidade de avenidas largas, intercaladas por rotatórias e sem semáfaros. No passeio a pé, me dei conta de que é preciso ter cuidado e atenção para fazer a travessia. Porém, essa atenção é de todos os que dividem as ruas e calçadas. Pedestre olha e espera a sua vez, e veículos param para dar passagem. Uma convivência humanizada e civilizada. Sem atropelos, sem freiadas bruscas, sem buzinas ou estresse.

Pelas ruas, chama a atenção a quantidade de folhas secas no chão. Não podia ser diferente com tantas árvores para amenizar o calor da cidade. É bom observar que isto não é sujeira. São folhas que caem e em sendo de plátanos, me encantam ainda mais.

Na praça central está a Catedral São José. Em poucas cidades vi uma praça tão grande, tão arborizada e tão limpa. De frente para a mesma praça, de nome Getúlio Vargas, está a Biblioteca Pública Municipal Professor Egydio Martello. A cidade possui também a Academia Mourãense de Letras, o que vem demonstrar o grau de cultura de seus habitantes. Há quatro instituições de ensino superior, além de um Teatro Municipal, com cursos e espaço para exposições gratuítas.

Ao lado da Catedral, o Museu Municipal Deolindo Mendes Pereira conta a história desde quando esta se chamava Campos do Mourão até os tempos atuais. O Museu foi composto com “fotos, relatos, depoimentos de familiares que através de testemunhos, se reuniam semanalmente e assim reconstituíram os fatos históricos e os personagens da cidade”, contou Hilda, funcionária do Museu. Residente há apenas 10 anos na cidade, ela se mostrou uma ardorosa defensora do povo hospitaleiro e trabalhador que lá habita.

Sem dúvida o maior local de encontro informal do campomourense é o Parque Estadual do Lago Azul. Lugar de atividade esportiva, encontro de amigos por entre florestas de araucária e mata virgem, quase que no centro da cidade. O parque tem duas trilhas, sendo a que contorna o lago, a mais utilizada. A sua volta, é possível se deparar com cachoeira feita da barragem de água do lago e o campo livre como habitat natural de capivaras.

Não é possível falar de Campo Mourão sem citar o "Carneiro no Buraco". Uma iguaria da culinária local. Não comi, mas já tenho um grande motivo para voltar à cidade.
Frente da Catedral São José
Praça Getúlio Vargas com a Catedral aos fundos
Quiosque da praça, árvores e as quatro torres da Catedral
Rua central coberta por árvores formando um túnel.
Painel e fachada do Museu em cores preto e branco
Acervo de telas de artistas paranaense doados pelo Banco Itaú ao Museu.
Utensílios indígenas encontrados na região e em exposição no museu.
Fogão de lenha, guarda louça, fotos de moradia dos pioneiros da cidade
Foto de personagens da cidade, incluindo a da primeira professora e objetos escolares: estojo de madeira, caneta tinteiro da década de 40.
Concha acústica para shows e músicos no Parque do Lago.
Trilha do parque com folhas de plátanos no chão.
Cachoeira formada pela barragem do lago
Vista panorâmica do anoitecer, luzes amarelas e as capivaras em volta do lago.

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