Caderno, lápis preto, borracha e a Cartilha "Caminho Suave", era o único material escolar que durante anos, serviu para a alfabetização de crianças. Além disso havia no máximo um mapa mundi e giz colorido.
Durante quatro horas as crianças ficavam sentadas com calor ou frio, porque não havia ar condicionado, ouvindo um professor bom ou ruim, dando aula.
Insuportávelmente retrogrado, mas era o que havia.
Insuportávelmente retrogrado, mas era o que havia.
Nos alfabetizamos? Sim, sem a menor sombra de dúvida.
Hoje as escolas estão mais modernizadas, algumas já tem na grade escolar, aulas de informática, com míseros quatro a seis computadores para classes de 30 alunos.
Os tempos mudaram, mas, basicamente as aulas continuam sendo a base de caderno, lápis, borracha e uma Cartilha mesmo que seja outro o seu nome.
Educadores que pensam "no meu tempo não tinha nada disso...e a gente aprendia..." devem rever sua profissão.
Educadores que pensam "no meu tempo não tinha nada disso...e a gente aprendia..." devem rever sua profissão.
Porque "no meu tempo" também não tinha televisão e nem por isso não vou quere-la agora.
"No meu tempo" não havia video game e nem por isso deixei de dá-los aos meus filhos.
"No meu tempo" meus pais não tinham carro e nem por isso deixei de compra-lo tão logo que pude.
E principalmente os celulares, computadores e tabletes, que "no meu tempo" eram inimagináveis, hoje fazem parte do nosso cotidiano e do cotidiano de nossas crianças, obrigatóriamente tem que fazer parte da educação, da escola, e passar a ser material didático.
Como manter a atenção e interesse das crianças, na escola, quando incentivadas e motivadas em casa, com jogos, músicas, dança, ao alcance deles, através do acesso a esses equipamentos.
Na escola, a criança vai encontrar um professor, vestindo um guarda-pó branco, com um régua apontada para a matéria transcrita no quadro negro, que hoje é verde, pedindo que acompanhem o "raciocionio" dele e entendam a lição.
Na escola, a criança vai encontrar um professor, vestindo um guarda-pó branco, com um régua apontada para a matéria transcrita no quadro negro, que hoje é verde, pedindo que acompanhem o "raciocionio" dele e entendam a lição.
O professor tem que ser mágico e como não o é, passa a ser considerado ruim e sem domínio da classe...
As fotos que apresento a seguir são para ilustrar a situação a que referi-me sobre o uso de eletrônicos na vida da crianças "deste tempo".
Esta primeira foto, foi twittada e retwittada, com o comentário
"O vô ensinando o neto a twittar".
Esta primeira foto, foi twittada e retwittada, com o comentário
"O vô ensinando o neto a twittar".
Lucas é uma criança, que vive entre nós na mais perfeita harmonia.
Seus pais estão presentes a tudo que lhe diz respeito. Se preocupam para que ele tenha um perfeito desenvolvimento psico-social, uma boa alimentação, vida saudável, que brinque na rua, que suje os pés, que tenha contato com bichos.
Lucas também é o exemplo uma criança que vive no meio de pessoas que usam tecnologia, e isso fará parte da vida dele, queiram ou não, os educadores.
Como não se preocupar com a escola que ele frequentará?
Como fazê-lo entender que deverá gostar daquela escola pouco interessante que terá que frequentar?
Precisamos de crianças estudando e gostando de estudar, só assim teremos um mundo melhor.
A diversidade e modernidade do material didático tem que estar nas escolas.
A facilidade que é "baixar" um livro num tablet não pode ficar fora da vida do estudante.
Lucas, com dois meses, sentado ao lado do avô que lhe mostra e conversa sobre computador.
Com dez meses, se deliciando com os encantos da "Galinha Pintadinha" no tablet.
E na falta de um brinquedo, o objeto mais próximo é um telefone celular.
Nada que tire-lhe o direito de brincar e sentir a grama e o capim nos pés.
Este assunto é matéria da revista Veja nr 2320 de 08/05/2013.
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