domingo, 17 de setembro de 2017

Li o Livro Noites Brancas de Fiódor Dostoiévski

Capa do livro Noites Brancas

Seria um sacrilégio eu afirmar que li o livro mais pelo título do que pelo autor? Mas, esta é a verdade e não me admito mentir só para parecer mais culta.

Depois da viagem à Russia, quando vivenciei as noites brancas, fazer essa leitura foi só me colocar no lugar dos personagens. Foi como caminhar por St Peterburg e rever com o olhar de Dostoiévski, as ruas, as janelas das casas, as colunas do prédios, seus rios e canais.

Me confesso surpreendida com a riqueza de detalhes comparada à simplicidade da leitura. Um livro de 1848, de um autor considerado um mestre da literatura, um dos maiores romancistas de todos os tempos, falando do amor e da dor, tal qual nos tempos de hoje. 

Escrito na 1ª pessoa, a história acontece em cinco noites, durante o período do ano em que ocorre o fenômeno das "noites brancas",  que deu origem ao título do livro. 

O personagem narrador, sem nome, conhece Anastacia numa dessas noite nas ruas de St.Pertersburg e se apaixona. O poder de sedução deste, denominado de "Sonhador", que eu imputo, por minha conta e risco, ser o próprio Dostoiévski, guarda a companhia dela nestas cinco etapas. Essa porém, vem com uma passado recente de sofrimento por ter sido abandonada por seu amor. E ao fim...

Ler o livro, não fosse pela minuciosa descrição de quem conhece a cidade, vale pelo conteúdo de sentimentos e muitas metáforas. Porém, absorver o texto e conhecer a cidade de fato é um privilégio de poucos. 

Logo no início, esta foi a frase me prendeu na leitura.


As fotos postadas recebem descrição detalhada para acesso ao deficiente visual   2 - Foto minha com a transcrição da frase "Eu não sei calar quando o coração fala dentro de mim", do livro Noites Brancas.

2 comentários:

Andréa von Linsingen disse...

Como é bom viajar e "viajar"...
Acumulamos arquivos riquíssimos em nossa memória, vivemos várias vezes episódios e sentimentos.
Beijão Raquel!!

Raquel Ramos disse...

Viajar com inteligência e não para consumo material é o maior bem que podemos adquirir para nós mesmos. Beijo Andréa.