Página do livro Correspondentes com o comentário de Sandra Passarinho |
"...para a reportagem, a gente conversava com as famílias por meio de um intérprete. Tinha uma garotinha, por exemplo, que me seguia o tempo todo - grudou em mim e não me largava. As crianças eram muito carente.
O pano de fundo era esse. Era uma história interessantíssima. E o que eu acho bom no jornalismo é justamente o pano fundo das coisas. É isso que fica para as pessoas, foi o que ficou para mim. É uma percepção, um ponto de vista, que as vezes nem a câmera pode mostrar. Só mesmo quem testemunhou aquilo pode fazer ideia. E essas coisas mexem com a gente, com a nossa vida, os nossos valores. Acho que a correspondência é isso: o que está por trás do trabalho, porque as reportagens são recortes da vida. E o que escolhemos para colocar ali dentro? O que sobra? Ah, sobra muita coisa, aprendi muito. É muito gratificante chegar a determinada situação e ter o recorte do país naquele momento. A partir dali, desfiamos um novelo. É isso que o jornalismo permite". Sandra Passarinho, no livro Correspondentes - O que vi da Tailândia.
Do jornalismo, é disto o que eu gosto. O aprendizado tirado dos bastidores da reportagem. Nem tudo é mostrado ou escrito, mas tudo é absorvido pelo jornalista. Ficamos grandes com tudo o que ouvimos, com cada pessoa que conhecemos. E garanto, não é preciso ser um correspondente internacional, há sempre uma grande história perto de nós.
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Capa dos livro Correspondentes com fotos dos jornalistas |
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