segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

CASAPUEBLO, Uma Escultura Habitável




Uma escultura habitável. Foi assim que CARLOS PÁEZ VILARÓ denominou aquela que é considerada a sua criação mais famosa.
A CASAPUEBLO. 

Localizada em um local privilegiado na praia de Punta Ballena, em PUNTA DEL ESTE, no Uruguai. 

Foi escolhido por Vilaró por sua paixão pelo sol. "Vilaró acredita fazer parte do sol", uma característica marcante em todo o seu trabalho.

Lá ele morou até morrer em 24 de fevereiro de 2014. Há exatamente um ano.

Nascido em Montevidéu, foi pintor, ceramista, escultor, compositor, empresário uruguaio, apaixonado pela cultura afro.
Superou sérios problemas em sua vida pessoal, em especial o caso do seu filho, Carlos Páez Rodríguez, que estava no acidente aéreo em 1972 , na Cordilheira dos Andes. Na certeza de que encontraria seu filho vivo, patrocinou as expedições e participou pessoalmente das buscas pelos sobreviventes. 

Amigo de Picasso, Dali, Jorge Amado, Vinícius de Moraes, que o visitavam e lá se hospedavam.

CASAPUEBLO está dividida em dois setores. O museu e o hotel, com entradas distintas. 


O blog superlinda percorreu os dois lados, circulando pelos corredores e jardins internos.

A obra é considerada uma escultura feita pelas mãos de Vilaró. Acostada nas pedras de um penhasco, não há por toda a casa uma só parede reta. 
Ali ele se estabeleceu inicialmente em um pequeno chalé de madeira, que aos poucos foi ganhando a forma de uma cidadela, transformando-se na grande atração turística de hoje.


Um elevador, que mais parece uma jóia, nos leva ao nono andar, na única dependência do hotel que é permitida a circulação de visitante. 


A TERRAÇA te espera para para um happy hour, jantar ou simplesmente assistir o famoso pôr do sol de Punta del Este.
Sob o Atelier de Vilaró esta a varanda. Acomode-se e veja o espetáculo.

Em CASAPUEBLO a Cerimônia do Pôr do Sol acontece todos os dias, quando se ouve uma gravação feita por Carlos Páez Vilaro, declamando o seu poema.



Do hotel é necessário sair à rua para entrar no Museu. No primeiro ambiente pode ser degustado o té puesta del sol. Chá com croissant e torradas servido durante a cerimônia do pôr do sol.




Expandida sem um projeto arquitetônico, apenas por um entusiasmo, dizia Vilaró. Uma foto panorâmica pendurada na, com os dizeres "...Sin darme cuenta, Casapueblo se transformó en el mapa de Brasil...", confirma o que ele disse.





 Na última das salas, em uma grande foto, Vilaró parece agradecer e se despedir de quem o visita.
Assinei e não resisti. 
Deixei lá, um cartão do Blog Superlinda.


4 comentários:

silvia helenice disse...

Muito legal...percebe-se muita influencia de Gaudi, Miró e Picasso em toda obra...rendendo homenagens, foi um exemplo de artista, intelectual, sem deixar de lado a importancia do capitalismo...

Unknown disse...

É um lugar maravilhoso! Em cada compartimento, somos surpreendidos com belíssimas obras. Levarei para o resto de meus dias, o por do sol contemplado em sua "varanda", sob a voz de fundo do artista que, de forma emocionante, faz homenagem ao Sol...Recomendo a todos!

Orley Antunes disse...

Em 2005 fui convidado para fazer um barreado, comida tipica do nosso litoral, para o Ministério dos Transportes do Uruguai No Iate Club dd Punta del Leste. Cheguei dm Montevidéo por volta das 22 horas e dali num taxi de "luxo" como me disse o motorista. Cheguei ao hotel que me foi designado, o Casa de Pueblo,quase uma da manhã, cansado fui colocado no apto Mercurio/Capricornio, os aptos não eram identificados por números e sim por nomes. Este hotel fica em Piriapolis, localidade proxima a Punta del Leste. Estava muito frio, um silencio sepulcral só quebrado pela luta infinita entre as aguas do mar e as pedras que sustentam o hotel. Pela manhã quando dei conta do lugar onde estava confesso que fiquei impressionado com o contraste entre o branco neve do hotel espremido entre o verde do mar e céu axul de junho. No apto telas e azulejos coloridos, obrad de artes muito coloridas nos corredores, enfim alguma coisa me dizia que meus proximos6 dias seriam inesquecíveis. Mas o melhor ainda estava por vir. Ao descer para o café da manhã fui abordado por um senhor grisalho, vestido com simplicidade, com uma voz grave mas muito mansa, quase episcopal. Para minha surpresa o gentil senhor era nada mais nada menos que um dos maiores nomes das artes uruguaia. Musico, escultor, pintor, com obras expostas em todo o mundo. Con versamos no café, e combinamos um jantar no proprio hotel. No jantar, comemos filezinhos de carneiro a acompanhado de saboroso vinho uruguaio da adega particular de Don Vilaró. Apesar de sofrer de incontinência verbal, pouco falei. Ele falou da tragédia do seu filho Carlito, na tragédia dos Andes, da sua vida pessoal e falou muito da sua paixão, o Casa de Pueblo de suas mulheres, seus 6 filhos. Contou o drama de participar da expedição de resgate do seu filho nos Andes. Quando estive ali ele tinha 80 anos, mas mostrava uma incrivel vitalidade, segundo ele por conta do vinho uruguaio. Perguntou sobre Morretes, falou que passou por aqui de trem e prometeu voltar, contei a historia do barreado, até levei um pouco do barreado do Iate para ele. Foram 6 dias incriveis, convivi horas agradabilissimas com esta figura unica, Don Carlos Paez Vilaró. Por essas e outras coisas que a a vida vale a pena.

Anônimo disse...

Aaah, vou lá depos dessa.
beijos bela
Beta Campos