domingo, 14 de fevereiro de 2016

AEDES AEGYPTI É RESPONSABILIDADE DE TODOS



Embora a campanha de combate ao aedes aegypti do governo federal implantada nas escolas e veiculada na televisão seja de grande importância, a solução para o problema tem que ser imediata. Um surto, uma epidemia ou foco de algo tão grave, não pode ficar esperando por resultados à longo prazo. O aprendizado na infância é onde recai as maiores esperanças de bons resultados, porém não dá para ficarmos esperando essas crianças crescerem e então praticarem o que aprenderam.

O mosquito prolifera-se através da água parada e infantilmente propõe-se cuidados com a água em pratos de flores. Maior responsabilidade imputamos à população de baixa renda e dos subúrbios. As visitas das equipes de vigilância sanitária são divulgadas como um grande serviço prestado pelo governo, mas não mostram o esgoto a céu aberto correndo nos fundos dessas casas. Este sim é um foco ardente de proliferação do bichinho que ameaça o país e a vinda de atletas para o maior evento esportivo do mundo. A Olimpíada Rio 2016. Saneamento básico é obrigação do mesmo governo que sedia jogos olímpicos.

Recentemente ouvi sobre o treinamento de águias na Holanda para a caça de drones no combate ao terrorismo e a repórter comentou que a natureza ainda consegue ser mais eficaz do que a tecnologia.

No Brasil estamos lutando contra a natureza. Uma natureza criada pela sujeira do homem. Temos aqui o terrorismo feito por um mosquito pequeno, quase invisível que fica parado e quieto para atacar, matar ou deformar cérebros.

Quem virá nos salvar dele?

As campanhas pedem para o nosso vizinho, para as nossas mães e avós que tem seus vasinhos de flores na varanda, para a nossa população que não tem esgoto sanitário, que combatam o avanço das tropas aedes aegypti. O objetivo daquelas é atingir uma camada da população que supostamente não tem esclarecimento suficiente dos procedimentos básicos para essa ação.

Mas quem são os esclarecidos? Nossos pensamentos voam direto às classes mais nobres. Afinal se têm dinheiro devem conhecer todas as regras de profilaxia e higiene.

Em uma fazenda de plantação de soja, milho e cana de açúcar vi em um só dia o desembarque de 110 toneladas  de adubo para a lavoura. Não tenho conhecimento do que significa isso em cifras, nem o que representa em hectare plantado ou dos resultados na colheita, só sei que a terra é extensa e fértil. Estudos dizem (leiam aqui a indicação do @ProfeBorto) que a agricultura vai salvar a economia do Brasil. Em contrapartida os mesmos empresários que salvam o país podem estar contribuindo com a proliferação do inseto responsável pela morte de muitos brasileiros.

Vi também, no mesmo lugar, muito lixo no chão, vasilhames de produtos químicos que deveriam ter um destino certo, banheiro desativado, esterco de galinha próximo das casas dos empregados com filhos pequenos de pé no chão, pneus de borracha, considerado o mais propício ambiente de proliferação do mosquito da dengue, com água parada bebidas pelos cachorros visivelmente doentes e magros. Tudo isso entre os tratores, caminhões, colheitadeiras e plantadeiras da fazenda.

Se a atenção desses agricultores, pessoas classificadas como esclarecidas, continuar sendo somente com os caríssimos maquinários agrícolas, preço do fertilizante, cotações do grão no mercado, a época certa do plantio e da colheita deixando de lado o cuidado com a saúde, higiene e meio ambiente teremos realmente que aguardar por nossas crianças, hoje na escola.

Precisamos de muitos drones. Talvez eles possam enxergar os focos de aedes aegypti onde os olhos da vigilância sanitária não alcançam.

Aqui a tecnologia terá de ser mais eficaz do que a natureza e o homem.

O nome do proprietário. Me perguntem. Eu sei qual é.

      
       

O nome do proprietário? Me perguntem. Eu sei qual é.  

Um comentário:

Anônimo disse...

Que sujeira!!!!!!!!!!!!!!
Qual é o nome do proprietário?