quinta-feira, 16 de junho de 2016

O MACHISMO NA PROSTITUIÇÃO FEMININA


O direito que a mulher tem de vender seu corpo a um homem a título de serviço prestado, embora pareça deprimente, é incontestável. Que motivo alguém, que faça uso ou não da prostituição, tem para se opor a legalização desta profissão, se isso só interessa à quem efetivamente trabalha no ramo? Legalizar é a forma que todo trabalhador tem para se sentir protegido.

Se a profissão é escolhida ou assumida por falta de opção também não vem ao caso. Se é profissão tem que ser legalizada. Não sem antes observar que é mais fácil regulamentar do que resolver o problema social de quem vive da prostituição degradante de prostíbulos. Bem diferente da prostituição, por escolha, vivida em ambientes luxuosos.

O assunto envolve moral, comportamento, religião, é difícil de assimilar e polêmico. A legalização pode ser complexa de aceitar, mas fazer uso desse serviço é uma prática recorrente, de fácil acesso, embora, às escondidas pelo usuário.

Onde está a defesa pelos danos psicológicos causados na prostituta em consequência das carícias obrigatórias e sensações de prazer não sentidas? Sim, porque  para o macho não basta a sua satisfação física, é preciso se sentir irresistivelmente o provedor do prazer feminino.

Ao mesmo tempo que a legalização da prostituição tem a intenção de proteger a mulher, ela reforça a estrutura cultural de dominação do machismo.

No aspecto do comportamento, numa época de luta contra a "cultura do estupro", em que o réu é o machismo, a prostituição legal, vem dar ao homem o direito de poder pagar pela posse do corpo da mulher.

Não é a mesma coisa? Certamente que não, mas se antagoniza com os conceitos de luta contra o machismo. 

Não há machismo consentido, maior do que este.


Nota: "Na Holanda, em 2000, houve a regulamentação da prostituição. O resultado foi um aumento do faturamento de 25% DA INDUSTRIA DO SEXO, que representa hoje nada menos que 5% DA ECONOMIA HOLANDESA." Do texto Em Defesa das Prostitutas - Contra a Regulamentação da Profissão. Link completo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Nobre colega Raquel!
Primeiro cumprimentos por abordar o tema em que nossa mediocridade, esta filha da hipocrisia, em tempos atuais prefere nao falar.
Segundo por ser mulher a tocar no assunto.
Fostes condescendente, de acordo com tua generosidade em demasia sobre o assunto.
No mundo hoje os grandes faturamentos (já que nao podemos coloca-lo sob a égide de PIB) estao concentrados em 3 fatores princpais.
1 - Tráfico de Escravas Brancas - termo associado a raptos de meninas e mulheres para trabalho de prostituição. As duas grandes máfias são de paises que tu visitastes, ha pouco tempo. Todos da Europa Oriental. As "minas" estão no Brasil. Primeiro Minas Gerais (o interior é claro) e depois o Paraná, como os grandes fornecedores de meninas (menores) que vão para a "europa" para serem "modelos", e caem nas máfias da prostituição.
E a grande dicotomia: Os maiores "clientes" destas máfias são os estadunidenses, Sim Os Estaos Unidos da America. Grandes clientes e politicos.
Depois somos conhecidos por termos o paraiso da prostituição de menores. O nordeste brasilês. Em que pais colocam suas filhas como forma de manutenção de vida. Ou seja ganhar dinheiro.
Muito antes que valores morais,Nobere Raquel, está a Educação de Nossso País que pode contribuir gigantescamente para diminuir esta trágica estatísticas.
Segundo falarmos mais sobre nossas descobertas como forma de orientação para pais, meninas e quem sabe até nossas próprias filhas.
Como sempre tirando nota A com louvor, nas "provas prática".
Com admiração

Seu amigo aqui do polo sul (terras geladas do RS_)
Profeborto
www.epensarnaodoi.blogspot.com.br

Unknown disse...

quanto a essa frase:
Onde está a defesa pelos danos psicológicos causados na prostituta em consequência das carícias obrigatórias e sensações de prazer não sentidas?

so me resta perguntar sobe o interesse da autora de reparar os "danos psicologiscos" das mulheres casadas que fazem sexo so para manter a relação... conheço MUITAS