sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Assim falou ZARATUSTRA



Quando não há explicação, explicado está. Esta é a melhor solução para explicar o que não tem justificação.

A questão é que alguma resposta alguém, seja lá quem for, tem que dar para as nossas perguntas.

Na prateleira de uma livraria encontrei algumas respostas que procurava por:
INTUIÇÃO - a intuição que tive quando li o nome Nietzsche e senti que deveria lê-lo.
DEDUÇÃO - por fazer uma ligação entre nomes.
CONCLUSÃO - pelo óbvio.

Nietzsche é um dos pensadores mais importantes de todos os tempos, um dos filósofos mais estudados nos dias de hoje.

Eu não vou defender, contradizer ou analizar Nietzsche. Meu conhecimento filosófico está muito aquém de compreender suas idéias. O que de forma alguma faz com que eu me sinta mais ou menos inteligente. 

Para mim, não faz nenhum sentido, alguém ter idéias que nunca foram compreendidas. 

"Assim falou ZARATUSTRA - Um livro para todos e para ninguém". O título já me parece pensamento de quem não quer se responsabilizar pelo que diz, não quer se comprometer com nada, nem com ninguém. 

Nada justifica basear a sua vida, em pensamentos filosóficos de quem vive no mundo de um "sábio" persa, que nem Nietzsche sabe quando está falando de si mesmo ou do personagem, criado para expor seus pensamentos e não ser julgados por eles.

As palavras daqui para frente usadas, são copiadas do próprio livro, apenas montei as frases com o meu entendimento. 

"Ao completar trinta anos, Zaratustra se retira à solidão das montanhas por dez anos. "Por tabela e de forma indireta, menciona a necessidade da transvaloração de todos os valores. Desconfia dos insones, louva a solidão. É também uma época, que uma velha recomenda Zaratustra, depois de lhe atestar um conhecimento ímpar, não se esquecer do chicote (???) aos encontros de mulheres. O lirismo aumenta e Zaratustra diz inclusive que sua alma é a canção de um amante. Zaratustra limita-se a falar somente com alguns poucos indivíduos ou então apenas consigo mesmo. Zaratustra diz entre outras coisas, que onde não se pode mais amar, é preciso ser ao largo.
Nietzsche diria que continuar senhor de si mesmo, manter a grandeza de sua tarefa livre dos vários impulsos mesquinhos seria a provação talvez a derradeira pela qual um Zaratustra tem de passar. A sua verdadeira prova de força. 
Nietzsche faz a obra o centro do egocentrismo ao extremo: Chama eu sou, sem dúvida.
Sumos autêntico de um eu genial em que as fronteiras entre o discurso filosófico e a narrativa autobiográfica as vezes se perdem.
Zaratustra criou um erro fatal e por consequência também tem de ser ele o primeiro a reconhecê-lo.
Para Nietzsche, Zaratustra é um dançarino e ainda vê outra similaridade entre eles, que é transformar tudo aquilo "que era uma vez"  em "era assim que eu queria".

Por toda sua obra Nietzsche, se confunde entre as suas próprias idéias e as que coloca como sendo de seu personagem e ao final de sua autobiografia filosófica, começa a perguntar-se se foi compreendido e revela que não disse uma única palavra que não houvesse dito pela boca de Zaratustra, aproximando-se mais uma vez e definitivamente de seu personagem."


Nietzsche transferiu à Zaratustra a sua ilusão filosófica, em busca de alegrias temporárias. 
Se retira, buscando aproveitar a vida, como se os últimos anos, não lhe tivessem trazido felicidade. 
Retirou-se sem se dar conta que a vida da planta que deixou guardada na caverna, secou para ele.



Descrição detalhada das fotos para acesso do deficiente visual (para saber mais clique aqui) 
1 Foto da capa do livro na cor branca, escrito Nietzsche (em vermelho) Assim Falou (em preto) Zaratustra (em vermelho). 2 - Primeira página interna em folha branca escrito em preto Assim falou Zaratustra Um livro para todos e para ninguém.

2 comentários:

silvia helenice disse...

sempre é bom lembrar que ele acabou "louquinho da silva", vivendo de uma aposentadoria antecipada e morrendo prematuramente aos 55 anos...

Vane M. disse...

É a consequência do excesso de pensar. Um abraço!